Os principais golpes financeiros pelo celular

Febraban explica que criminosos agem a partir de ligações telefônicas, pedidos de dinheiro em aplicativos de mensagens e tentam enganar as vítimas oferecendo renda extra. Veja dicas de como evitar esses golpes

Febraban alerta para golpes financeiros pelo celular

Num país com mais de 256,4 milhões de linhas móveis, de acordo com dados da consultoria Teleco, é difícil não ouvir alguém contando ter sofrido golpes financeiros aplicados por meio do celular. As abordagens vão desde ligações, SMS, até mensagens em aplicativos, e utilizam técnicas para enganar o consumidor e induzi-lo a fornecer informações confidenciais, como senhas.

“Sempre tenha em mente: os bancos nunca ligam e pedem para que clientes façam estorno de transação, transferências, Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta”, lembra José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A entidade orienta que os clientes utilizem as ferramentas de segurança disponíveis nos celulares, tais como bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital e o bloqueio automático de tela. Também recomenda a utilização do aplicativo Celular Seguro do Ministério da Justiça. O app permite o bloqueio de aparelhos celulares em casos de perdas, furtos e roubos. A partir daí, os bancos e as operadoras telefônicas são alertados, que bloqueiam o acesso remoto às contas e ao sinal do aparelho. A Febraban reuniu ainda os principais golpes aplicados via celular e dicas de como evitá-los.

Golpe do 0800 ou da falsa URA

Os criminosos enviam uma mensagem ao cliente bancário dizendo que há a suspeita de uma transação de alto valor em sua conta e solicita que ele entre em contato por um número 0800, que supostamente seria uma central telefônica de um banco ou de uma área de cartões de crédito. Além de mensagens de texto, eles também têm feito ligações telefônicas com gravações que simulam as URAs (unidade de resposta audível) das instituições financeiras.

Quando o cliente liga para a falsa central, o golpista induz a vítima a realizar uma transação financeira ou a fornecer dados pessoais, como número de conta e senha.

“Os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nestas ligações nunca pedem senhas, token, dados pessoais, estorno de transações, transferências, Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta, esclarece a Febraban.

A orientação da federação é nunca ligar para os números 0800 recebidos por mensagens. Em caso de dúvida, deve procurar os contatos nos canais oficiais do banco ou ligar diretamente para o gerente da conta.

Golpe da tarefa

Outro tipo de golpe que tem se tornado frequente é o que oferece, por meio de mensagem, alguma oportunidade para ganhar dinheiro rápido e fácil a partir da realização de tarefas corriqueiras na internet, como curtir fotos, fazer comentários etc. Ao aceitar a proposta, a pessoa é incluída em um grupo de mensagens e, no início, recebe algum dinheiro, estratégia utilizada pelo golpista para gerar credibilidade. No entanto, logo ela recebe a solicitação de pagamento para continuar a participar com a promessa de recuperar o dinheiro no mesmo dia. Assim que faz a transferência, é bloqueada do grupo, ficando com o prejuízo.

“Sempre desconfie de proposta de trabalho que você tenha que pagar ou com promessas de vantagens exageradas. Jamais faça transações com a finalidade de garantir uma oportunidade ou um negócio”, observa a Febraban.

Clonagem no WhatsApp

Nesse caso, um criminoso envia mensagem pelo app se passando por uma empresa em que a vítima tem cadastro. Ao solicitar o código de segurança enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro, consegue replicar a conta de WhatsApp em outro celular e enviar mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado.

Veja como evitar:

  • Habilite no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”:
  • IOS – Configurações > Conta > Confirmação em duas etapas > Ativar > Crie uma senha PIN de 6 dígitos
  • Android – Ajustes > Conta > Confirmação em duas etapas > Ativar
  • Nunca informe o código de segurança do seu WhatsApp.

Golpe de engenharia social com Whatsapp

Para aplicar esse golpe, o criminoso escolha uma vítima, pega uma foto dela em redes sociais e descobre seus contatos. Por meio de um novo número de celular, dispara mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número por causa de algum problema. A partir daí, pede uma transferência, dizendo estar em alguma situação de emergência.

“É preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário”, alerta a Febraban, que complementa: “Ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, certifique-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. Não faça qualquer tipo de transação até falar, por outro meio, como ligação de vídeo, com a pessoa que está solicitando o dinheiro.

Phishing

Por meio da pescaria digital, ou phishing, os criminosos tentam obter senhas e dados pessoais dos usuários. Essa ação pode ser feita por e-mails que simulam mensagem de bancos pedindo para atualizar algum software de segurança, por exemplo. O link, na verdade, é malicioso e induz as pessoas a digitar senhas e dados pessoais. O phishing também acontece em apps de mensagens e redes sociais.

“Sempre prefira comprar em sites conhecidos, e nunca use computadores públicos para comprar algo no comércio virtual. Ao receber ligações ou mensagens, não repasse a outra pessoa nenhum código fornecido para permitir autenticar alguma operação. Em caso de dúvida, não clique”, orienta a Febraban.

Acesso remoto

Também chamado de golpe da mão fantasma, nessa caso, o fraudador entra em contato com alguém se passando por funcionário de um banco. Convincente, ele consegue convencer o cliente a clicar em um link para instalar um aplicativo para resolver um suposto problema. O app, na verdade, é um malware que dará ao fraudador acesso ao celular da vítima. “O banco nunca solicita a instalação de aplicativo em seu celular para supostas regularizações na conta”, lembra a Febraban. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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