Operadoras vão aderir ao PIX Cobrança, que dará lugar a boletos
As operadoras de telecomunicações vão aderir ao PIX Cobrança, modalidade do sistema de pagamentos instantâneos que substitui boletos por prever datas futuras de vencimento. Atualmente, o PIX funciona apenas para cobranças imediatas.
O Conexis Brasil Digital, sindicato das teles, firmou contrato de cooperação técnica neste sentido com o Banco Central. A parceria tem vigência até o dia 1º de julho de 2021 para que, ao fim do acordo, as empresas estejam aptas a utilizar o Pix em sua plenitude.
Atualmente, as operadoras já aceitam alguns pagamentos com PIX no pré-pago, mas nem todas em larga escala. A adesão ao PIX Cobrança prevê o desenvolvimento de uma solução de pagamentos que leve em conta as particularidades das empresas do setor, uma vez que são reguladas. Dessa forma poderão fazer cobranças no pós-pago e serviços de banda larga fixa.
“Já que o Pix tem como grande vantagem ser instantâneo e substituir as transações em dinheiro, o Pix Cobrança permitirá também a substituição dos atuais boletos bancários por uma solução que agregará todas as características dos atuais boletos com as vantagens de velocidade, comodidade e segurança do Pix”, diz Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis.
A partir da assinatura do acordo, será criado um grupo de trabalho com integrantes do setor e do Banco Central, para estudar a melhor forma de implementar o novo Pix Cobrança nas faturas de serviços pós-pagos das empresas de telecomunicações.
Menos custos
Para as empresas de telefonia, a adesão significará uma redução nos custos de arrecadação. “Atualmente, essas empresas têm que estabelecer convênios com uma rede arrecadadora e selecionar algumas instituições que podem receber o pagamento de suas faturas. Com o Pix, a empresa pode ter uma conta em um único participante do Pix e concentrar seus recebimentos nesse único participante”, explica Breno Santana Lobo, chefe de subunidade do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central.
O Pix movimentou R$ 83,4 bilhões em transações no primeiro mês de funcionamento. Ao todo foram 92,5 milhões de operações no país. Existem 116 milhões de chaves cadastradas, o equivalente a 46,4 milhões de pessoas (110,9 milhões de chaves) e 3 milhões de empresas (5,1 milhões de chaves) cadastradas.