Operadoras regionais e 13 entidades vão à Anatel em defesa do WiFi6E

As entidades reivindicam a destinação integral - 1.200 MHz - da faixa de 6GHz para o serviço não licenciado fixo de banda larga, o WiFi. Argumentam que as atuais faixas enfrentam sobrecarga de tráfego e que o WiFi traz consigo o baixo custo de implementação e manutenção, o que pode acelerar a banda larga no país.

Treze entidades setoriais entregaram ontem, 19, à Anatel, documento endereçado ao relator da matéria, conselheiro Emmanoel Campelo, reivindicando a destinação integral da faixa de 6 GHz para o uso não licenciado, ou seja, o WiFi 6E. O Conselho Diretor já decidiu que esse espectro – compreendido entre  5.925 a 7.125 MHz – deve ser destinado para uso por equipamentos de radiação restrita, ou seja, que não precisa de licença. Mas falta a decisão das especificações técnicas dessa ocupação.

A indústria de celular reivindica que não seja toda essa faixa destinada para o WiFi, reservando-se um pedaço para avanço da 5G futuro. Mas os operadores regionais e suas entidades alegam que somente com a destinação integral desse espectro para o WiFi, haverá aceleração da interiorização da banda larga no país.

[quote cite=Argumentam]Há diversos fatores associados à tecnologia Wi-Fi que a tornam indispensável para a realização de políticas públicas visando ao incremento dos níveis de conectividade, sobretudo em países com características geográficas e socioeconômicas como Brasil. Um deles é o seu baixo custo para implantação, manutenção e expansão. E nesse sentido, é ilustrativa a pesquisa realizada pelo CeTic.br em 2019, que indica que 7,46% das famílias no Brasil (ou 5.295.904 famílias) não contratam serviços de banda larga em razão do seu custo (esse percentual aumenta para 13,32% nas áreas rurais).[/quote]

As associações afirmam ainda que as atuais frequências não licenciadas onde funcionam o WiFi – de 2,4 GHz e 5GHz –  enfrentam sobrecarga de tráfego com crescente congestionamento dessas bandas, o que seria mais um fator para que a faixa de 6GHz seja explorada em todo o seu potencial, ou seja, com a extensão completa de 1200 MHz.

Assinam o documento : Abramulti, Rede Telesul, Lac-ISP, Asociação Neo, InternetSul, SeinesBa, Aspro/DF, Abrint, ProBahia, Abranet, Apronet, Apims,Seinesp, e o integrante do Nic. Br, que assina individualmente, Rosauro Baretta.

Leia aqui a íntegra do documento

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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