No Brasil, usuário só consegue navegar com LTE em no máximo 60% do tempo
As operadoras de telefonia móvel que atuam no Brasil não conseguem entregar conectividade LTE (4G) aos usuários durante todo tempo em que passam conectados. A constatação faz parte do novo relatório da empresa OpenSignal, que mede a qualidade do uso dos smartphones e redes móveis mundo afora.
O novo levantamento foi feito entre os meses de setembro e novembro de 2016 a partir de dados coletados com quase 40 mil usuários. Mostra que nenhuma das operadoras locais conseguem manter conectados a suas redes 4G em 60% do tempo em que o cliente está conectado à rede móvel.
O estudo não trata apenas de estabilidade da rede, mas também de disponibilidade. Quer dizer que o usuário transita entre estações radiobase 3G e 4G, mudando de rede. Uma indicação de que a cobertura 4G, embora alcance mais de 1,2 mil municípios, não cobre toda a extensão das cidades. O material destaca, porém, que ainda há muito a ser feito para que as empresas daqui atinjam os níveis de cobertura visto nos países vizinhos ou mais desenvolvidos, conforme ranking divulgado em novembro.
Operadoras
A OpenSignal constata que a TIM tem a cobertura mais “disponível” do LTE, com seus usuários sob este sinal em 59,21% do tempo. Em seguida vem a Vivo, com 56,76% do tempo. Claro fica com 49,45% e Oi, com 43,35%.
Pela análise da empresa, as teles brasileiras compensam cobertura com velocidade. Aqui, quem se conecta por 4G tem velocidade média de navegação de 19,7 Mbps, quase 2 Mbps a mais que a média mundial. O motivo seria o início da operação de redes LTE-Advanced.
A Claro é a operadora que obteve maior velocidade de download de dados no LTE: 27,45 Mbps. Em seguida vem a Vivo, com 21,29 Mbps, a Oi, com 14,61 Mbps, e a TIM, com 12,05 Mbps. No 3G, este ranking é um pouco diferente, com Claro (3,91 Mbps) na dianteira, seguida de TIM (3,46 Mbps), Vivo (3,39 Mbps), Oi (2,63 Mbps) e Nextel (2,23 Mbps).