Operadoras já usam IA de todas as formas, para todos os gostos

As operadoras de celular já usam a IA de forma bastante intensiva. A Deutsche Telekom anunciou investimentos em IA que vai ¨acabar com os apps dos celulares¨. A China Mobile, por sua vez, alertou para os novos riscos da tecnologia.
IA generativa
(crédito: Freepik)

Barcelona – A Inteligência artificial (IA) brilhou entre as operadoras que subiram nos palcos do primeiro dia do Mobile World Congress. Dirigentes de operadoras de diferentes continentes demonstraram os casos de uso desta tecnologia, que, para todos, é inexorável e irreversível a sua utilização. Para o  CEO da operadora alemã Deutsche Telekom, Tim Hoettges, a Inteligência Artificial é tão importante para qualquer organização, que a sua adoção só pode ser decidida pelo nível mais alto da empresa. ¨Esse é um assunto tão importante que não pode ser deixado para o nível técnico da empresa decidir¨, afirmou ele.

Segundo Hoettges, a IA em diferentes operadoras deve ser adotada com objetivo preciso. Na empresa que dirige, já foi criado  um centro de desenvolvimento de IA com mais de 400 pessoas, e mais de 70 mil profissionais em todo o mundo já foram treinados pela IA. Entre as inovações que o executivo  prevê acontecer rapidamente  está  o fim dos apps dos celulares. Para isso, a Deutsche está criando uma interface de conversar por inteligência artificial que, a partir de nosso comando de voz, será capaz de realizar as ações que queremos, sem que precisemos entrar nos aplicativos para buscar a solução. ¨Estamos investindo no surgimento de um celular sem app¨, disse o executivo.

Relevância

Para Kann Terzioglu, CEO da operadora Veon, que atua em países como Paquistão e Cazaquistão, mais do que avançar nas novas versões das tecnologias de celular – a empresa ainda comercializa milhares de acessos 4G todos os anos – está investindo em Inteligência Artificial para tornar-se relevante para os clientes. ¨4G ou 5G não estão fazendo diferença para o que o cliente precisa¨, afirmou.

Já o  chairman da China Mobile, a maior operadora de celular da China,  Yang Jie, alertou para o risco de ampliação das desigualdades que pode ser provocada pela Inteligência Artificial. E listou os três mais significativos: a capacidade de processamento, o  acesso a dados  e a qualificação profissional.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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