ONU prevê queda de 1% da economia global
A economia global deve encolher quase 1% este ano devido à pandemia da COVID-19, e a produção mundial poderá recuar ainda mais se as restrições impostas às atividades econômicas se estenderem para o terceiro trimestre e se as respostas fiscais falharem em apoiar renda e gastos do consumidor.
A conclusão é de um novo relatório divulgado nesta quarta-feira,1, pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC, na sigla em inglês).
Segundo o documento, um pacote de estímulo fiscal bem elaborado, priorizando os gastos em saúde para conter a propagação do vírus e fornecendo suporte de renda às famílias mais afetadas pela pandemia, ajudaria a minimizar a probabilidade de uma recessão econômica profunda.
A severidade do impacto econômico – seja uma recessão moderada ou profunda – dependerá amplamente da duração das restrições ao movimento de pessoas e atividades econômicas nas principais economias e do tamanho e eficácia reais das respostas fiscais à crise.
Segundo o relatório, um pacote de estímulo fiscal bem elaborado, priorizando os gastos em saúde para conter a propagação do vírus e fornecendo suporte de renda às famílias mais afetadas pela pandemia, ajudaria a minimizar a probabilidade de uma recessão econômica profunda.
“São necessárias medidas políticas urgentes e ousadas, não apenas para conter a pandemia e salvar vidas, mas também para proteger os mais vulneráveis em nossas sociedades da ruína econômica e sustentar o crescimento econômico e a estabilidade financeira”, destacou Liu Zhenmin, subsecretário para assuntos econômicos e sociais da ONU.
Países em Desenvolvimento
Os efeitos adversos das restrições prolongadas às atividades econômicas nas economias desenvolvidas logo se espalharão para os países em desenvolvimento por meio de canais de comércio e investimento.
Um declínio acentuado nos gastos do consumidor na União Europeia e nos Estados Unidos reduzirá as importações de bens de consumo dos países em desenvolvimento.
Além disso, a produção global de manufatura pode se contrair significativamente, em meio à possibilidade de interrupções estendidas nas cadeias de suprimentos globais.
Na Itália e na Espanha, países amplamente atingidos pela pandemia, estima-se que 27% e 40% da população, respectivamente, não tenha poupança suficiente para não trabalhar por mais de três meses.
(assessoria de imprensa).