Olimpíadas geram 255 TB de tráfego na rede celular, 10 vezes maior que na Copa

Esse volume de tráfego significa que as redes de celular conseguiram sustentar, sem queda de sinal, durante os 17 dias de competição, 486 milhões de fotos enviadas e recebidas e 30 milhões de chamadas de voz. Para a Anatel, os serviços foram bastante satisfatórios. As operadoras instalaram mais 320 erbs nos locais das provas, além da implantação da rede WiFi para escoar o tráfego.

olimpiadasA Anatel divulgou hoje, 23, o balanço do desempenho das redes de telefonia móvel durante as Olimpíadas 2016. Conforme a agência, foram gerados nos 17 dias de jogos, em todas as arenas, 255 TB de tráfego de voz e dados, 10 vezes mais do que foi consumido durante a Copa do Mundo, em 2014.  Esse volume de tráfego representou, explicou Karla Crosara, superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, a produção e envio de 30 milhões de ligações pelo celular e um total de 486 milhões de fotos recebidas e enviadas durante a competição. Pelos cálculos da agência, esse tráfego considerou o registro de 80 fotos enviadas e recebidas por usuário/dia durante o evento.

Esse cálculo, ressaltou Crosara, só considerou a rede de celular e não mediu o tráfego que foi gerado a partir da rede WiFi que foi instalada pela operadora Claro e TIM  nas áreas de jogos das Olimpíadas, o que significa que o tráfego foi ainda maior do que o medido pela Anatel.

Segundo Patrícia Leal, coordenadora de Gestão de Risco da agência, o uso das redes de celular foi mais intenso do que a expectativa da agência, que esperava um tráfego 4 vezes maior do que o das Olimpíadas de Londres, mas o resultado foi muito maior. Segundo Crosara, o desempenho das redes foi “bastante satisfatório”, não sendo inferior a 97% em nenhum dos dias da competição.

Para recepcionar esse incremento de tráfego sem ter qualquer problema com a qualidade, as quatro operadoras –  Claro, Oi, TIM e Vivo – instalaram outras 320 estações rádio-bases nos locais dos jogos e tiveram acompanhamento diário do desempenho.

Interferências

Segundo Marcus Paolucci, superintendente de Fiscalização, foram registradas 32 interferências durante os jogos, de microfones sem-fio, de  quatros satélites, e pequenos incidentes assim. Os maiores desafios, afirmou, foram   frequências nos aviões para transmissões de TV e para as provas de maratona aquática e triatlo.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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