Oi terá Capex de R$ 7 bi em 2020 e está de olho no próximo leilão de espectro
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Com Rafael Bucco
O comando da Oi confia que vai obter dinheiro novo ainda este ano com venda de ativos não estratégicos e emissão de dívida. Dessa forma, poderá encerrar 2019 com Capex de R$ 7 bilhões. Também terá condições de manter o mesmo patamar de investimentos em 2020, conforme Eurico Teles e Rodrigo Abreu. Por e-mail, ambos escreveram ao Tele.Síntese nesta quarta-feira, 2, sobre o futuro da operadora (leia aqui a íntegra).
Com o dinheiro novo, a empresa vai sustentar a meta de investimentos. “Não apenas mantivemos o plano de Capex desse ano, mas tivemos também uma pequena antecipação, e prevemos uma manutenção dos níveis previstos de investimentos para 2020, que deverá ser da ordem de R$ 7 bilhões”, afirma Rodrigo Abreu.
Ele diz que o ritmo de aplicação do dinheiro na expansão da rede de acesso em fibra óptica está acelerado. E que a empresa vai terminar 2019 com 5 milhões de homes passed (domicílios aptos a assinar o serviços por FTTH). O número é superior aos 4,6 milhões previstos no plano apresentado em julho.
E completa: “temos confiança na estratégia de vendas de ativos non-core e captação de recursos adicionais, além do foco na eficiência operacional, que podem garantir recursos suficientes para financiar nosso Capex como planejado”.
Leilão
Os executivos descartam a venda de ativos móveis (leia aqui). E ainda ressaltam que a Oi tem a intenção de participar do próximo leilão de espectro, previsto para ser realizado pela Anatel em 2020. Segundo Eurico Teles, o plano da companhia prevê não apenas a busca pelo espectro que foi usado na 4G (700 MHz), como também frequências mais altas, que devem ser destinadas à 5G.
“Faz parte do nosso plano estratégico a consideração de participação nos leilões de espectro da Anatel tanto para as sobras quanto para as novas frequências 5G, como parte de uma estratégia de geração de valor para a companhia”, diz.
Segundo ele, o plano estratégico detalha mecanismos para a operadora financiar sua participação no certame. “E temos que lembrar que uma das discussões atualmente em curso é a de mudar o caráter arrecadatório das licitações para um que privilegia a possibilidade de investimentos produtivos por parte das empresas”, arremata.