Oi rechaça acusações de acionistas

Em nota, operadora rebate afirmações da Pharol e diz que negociações e aprovação do plano de recuperação judicial seguiram à risca as determinações da Justiça.

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A Oi rechaça, por meio de nota, todas as acusações que o presidente Eurico Teles vem sofrendo por parte dos acionistas desde que apresentou o plano de recuperação à Justiça, em 20 de dezembro. Segundo a empresa, o plano segue “os mais altos padrões de governança corporativa, obedeceu aos trâmites legais e foi realizado em total conformidade” com decisões da  7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde corre o processo.

Diretoria e acionistas estão em uma disputa intensa sobre o futuro da tele. Apesar de o TJ-RJ ter determinado que Eurico Teles apresentasse um plano de recuperação, os acionistas dizem que ele desobedeceu leis ao seguir tal ordem sem antes ter aval do conselho de administração. Em jogo está a diluição dos atuais sócios da operadora e entrada de novos, credores, que já aprovaram o plano em assembleia ocorrida nos dias 19 e 20 de dezembro.

A Oi nega qualquer violação e diz que os diretores simplesmente obedeceram todas as determinações judiciais. Ressalta que em decisão de 29 de novembro de 2017, o juiz titular da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Vianna, “nomeou o presidente da Oi, Eurico Teles, como responsável pessoal” para conduzir e concluir as negociações com os credores.

Lembra que na mesma decisão, o juiz isenta Teles de seguir à risca o estatuto da Oi. A partir do momento que passa a ser vigiada no âmbito do pedido de recuperação judicial, a empresa “deixa de se submeter exclusivamente aos regramentos privados estampados nas leis societárias e passa a se curvar aos preceitos da lei de recuperação judicial”, afirmou Viana, à época.

A empresa conclui, ainda, que o plano se mostra o mais equilibrado apresentado até hoje. “No caso dos credores, há previsão de recuperação de crédito mesmo com o corte na dívida; no caso dos acionistas, seu valor patrimonial será preservado mesmo com a diluição de sua participação, tendo a possibilidade inclusive de aumentar o valor de seu patrimônio na companhia”, finaliza.

Íntegra

Abaixo, a íntegra do comunicado da Oi enviado ao Tele.Síntese:

A Oi esclarece que o Plano de Recuperação Judicial apresentado pela empresa e aprovado em Assembleia Geral de Credores no dia 20 de dezembro de 2017 seguiu os mais altos padrões de governança corporativa, obedeceu aos trâmites legais e foi realizado em total conformidade com decisão judicial do juízo da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Em decisão no dia 29 de novembro de 2017, o juiz titular da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Vianna, nomeou o presidente da Oi, Eurico Teles, como responsável pessoal para conduzir e concluir as negociações com os credores do processo de recuperação judicial da Oi. Na decisão, o juiz determinou ao presidente da Oi que apresentasse até o dia 12/12/2017 ao magistrado o plano de recuperação que foi objeto de votação na Assembleia Geral de Credores, “independentemente de aprovação pelo Conselho de Administração”. A decisão judicial se refere à negociação e elaboração do plano de recuperação judicial como “matérias que permanecerão na exclusiva competência do Presidente do Grupo Oi, sob as penas da lei civil e criminal”.

Na mesma decisão, o juiz afirmou entender que “é dever do magistrado conciliar a lei de recuperação e a lei societária”, mas ressaltou que “a partir do momento em que a companhia se submete ao processo especial protetivo, de interesse geral, o funcionamento dos órgãos sociais da empresa deixa de se submeter exclusivamente aos regramentos privados estampados nas leis societárias e passa a se curvar aos preceitos da lei de recuperação judicial”.

Acrescentou o juiz, na decisão do dia 29 de novembro, que, “com a recuperação judicial, a vida societária não mais segue em sua normalidade. Os interesses dos acionistas sofrem forte restrição e não se sobrepõem ao princípio da preservação da empresa e de sua função social, muito menos aos interesses da coletividade de credores de uma concessionária de serviço público”.

Não cabe, portanto, nenhuma alegação que vise a atribuir a qualquer integrante da administração da Oi suposta ilegalidade ou violação do estatuto da companhia, visto que o plano apresentado e aprovado – por ampla maioria em uma das classes de credores e praticamente por unanimidade nas outras três classes de credores – seguiu os mais altos padrões de governança e os preceitos legais estabelecidos.

A Oi esclarece que além de garantir o fortalecimento futuro da companhia e de estar em conformidade com os padrões de governança, o plano mantém a equidade entre as partes envolvidas, sendo positivo para todos. No caso dos credores, há previsão de recuperação de crédito mesmo com o corte na dívida; no caso dos acionistas, seu valor patrimonial será preservado mesmo com a diluição de sua participação, tendo a possibilidade inclusive de aumentar o valor de seu patrimônio na companhia.

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Da Redação

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