Oi poderá incorporar tecnologia 5G FWA na rede neutra da Infraco

Segundo Rogério Takayanagi, a Infraco, unidade de rede da Oi, que terá seu controle vendido por pelo menos R$ 9 bilhões, irá atuar em dois mercados distintos: o de varejo, última milha, onde "cabe todo mundo"; e o de atacado, no qual acredita que será o mais estruturante da empresa.

A Oi poderá participar o leilão de frequências da 5G com a perspectiva de que o uso da tecnologia de banda larga fixa wireless – ou a FWA – será usada como um complemento à rede de transporte que estará na Infraco, unidade de rede neutra, cujo controle será vendido pelo preço mínimo de R$ 9 bilhões. Segundo Rogério Takayanagi,  diretor de Estratégia e Transformação da Oi, a 5G é uma oportunidade interessante para a infraestrutura de transporte, como complemento à fibra óptica nas cidades de menor densidade ou onde o investimento na rede de fibra não se paga. “A 5G é um acelerador da fibra óptica”, afirmou. O executivo participou hoje, 17, de live promovida pelo Tele.Síntese. 

Conforme o Takayanagi, a Oi, através da Infraco, enxerga dois mercados distintos: o de varejo, da última milha, no qual a disputa se dará pelo cliente, e onde “cabe todo mundo”; e o mercado de atacado, que, na sua avaliação, é mais parecido com o atual segmento de torres, no qual são poucas as empresas, mas elas vendem para todos os interessados, e não apenas para o seu próprio grupo econômico. “No mercado de atacado, deveremos evitar a redundância”, afirmou. Por isso, avalia, diferentes fundos de investimentos estão interessados nessa alternativa. “Esses fundos preferem colocar seu dinheiro em uma empresa de rede neutra do que apenas na de varejo”, afirmou o executivo.

Para ele, no mercado de fibra óptica, o diferencial é a estrutura de custos do core da rede que  fica melhor equacionada com a escala a ser criada pela rede de FTTH. “Mesmo a Oi, que tem presença em todo o território nacional, sabe que não vai chegar em todos os locais que demandam banda larga e internet rápida do país. Por isso, queremos atender nossos clientes e os clientes de nossos clientes”, afirmou. Disse que ao mesmo tempo em que a Oi acelera o FTTH nas residências (já tem mais de 6 milhões de casas fibradas no país), entende que o backbone, ou o que prefere chamar como o core da rede, é a parte mais estruturante da nova empresa.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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