Oi faz mudança estrutural rumo à digitalização
A Oi promoveu uma importante mudança em sua diretoria, criando uma nova estrutura, que passa a assimilar seis diretorias. Essas seis unidades ficarão subordinadas à Diretoria de Estratégia e Transformação do Negócio, a ser comandada por Maurício Vergani, que deixa o segmento corporativo, que será tocado agora por uma subordinada sua. A sua pasta contará também com uma diretoria recém- criada, de digitalização. “É uma mudança de conceito, estrutural, com base no planejamento estratégico da companhia, que pretende levar a Oi para a digitalização como uma experiência completa do cliente”, explica uma fonte.
Embora numericamente os cortes não sejam tão significativos (a empresa assinala que a reformulação implicou também a contratação de novas pessoas e a simples aposentadoria de outras), esta reestruturação teve um forte impacto entre os executivos da empresa porque todos os que saíram tinham “poder, orçamento, e autonomia de gestão”.
A nova diretoria de Transformação do Negócio de Vergani vai acumular as áreas de estratégia e novos negócios, comunicação corporativa, comunicação e marketing, gestão e gente, e o “escritório de transformação” (organização criada em 2015 para fazer o controle de custos e aumento de produtividade) além de dirigir a nova área de digitalização.
As demais unidades de negócios permanecem segmentadas, com algumas mudanças de dirigentes. Na área institucional e regulatória, a surpresa fica com a saída de Carlos Cidade e de Carlos Aragão, seu diretor. Carlos Eduardo Medeiros assume o lugar de Aragão e passa a responder diretamente ao CEO Bayard Gontijo.
As demais unidades de negócios – jurídico, financeiro, varejo redes e sistemas, operações, B2B, administrativo, etc. continuam independentes.
Com essa mudança conceitual a Oi pretende ultrapassar os bancos e mesmo as companhias aéreas na oferta de produtos e serviços digitais a seus clientes até que possa oferecer serviços totalmente digitais nos moldes do cartão virtual Nubank, o cartão de crédito da bandeira Mastercard no celular que tinha fila de espera de 70 mil brasileiros em maio passado. A razão desse sucesso: além de totalmente digital, o cartão oferecia juros mais baixos ao consumidor.