Oi aguarda definição da Justiça sobre adiamento da assembleia de credores
O diretor presidente da Oi, Marco Schroeder, afirmou nesta sexta-feira, 20, que a operadora aguarda uma decisão da Justiça sobre se deve ou não adiar a assembleia geral de credores. Na quarta-feira, 18, grupos de credores, incluindo bancos nacionais, enviaram ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro um pedido de adiamento, a fim de ampliar o prazo para negociar mudanças no plano de recuperação judicial. O pedido ainda não foi analisado.
“Quem pode determinar o adiamento é somente o juiz. Até o momento, [a assembleia] está confirmada”, disse Schroeder, a jornalistas, em Brasília, no começo da tarde. Ele esteve no encontro que reuniu executivos das operadoras e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e na qual tratou-se da carga tributária sobre a internet das coisas.
“A empresa está completamente preparada. A questão física, sistema, tudo está pronto para a próxima segunda-feira. A gente acha que pode ser uma oportunidade de discutir com os próprios credores, durante a assembleia. Mas se o juiz, e alguns credores, preferirem mais algumas semanas para a gente evoluir, a gente continua com as conversas”, acrescentou Schroeder.
O executivo se reuniu com bondholders nesta semana, e também com representantes dos bancos inseridos na recuperação judicial. Confirmou que ainda não há consenso em torno do plano de recuperação, mas diz que há forma de os interesses “convergirem”. “Se tiver mais algumas semanas, vamos conversar para ver se chegamos com um pouco mais de apoio consolidado, para facilitar o andamento da assembleia”, completou.
No limite
Segundo Schroeder, a meta é aprovar o plano de recuperação neste ano, sem falta. O atraso, a seu ver, prejudica a operadora na medida em que a impede de estabelecer estratégias duradouras para o futuro. “Queremos terminar o quanto antes. Acho importante encerrar ainda este ano. A gente acha que seria importante ter a assembleia, mas a próxima data seria novembro, então ainda este ano seria a aprovação do plano”, falou.
Ele disse, ainda, que a participação mais intensa da AGU, que passou a capitanear as negociações entre a tele e os diferentes entre do governo, ajudou. “Melhorou muito”, afirmou. A seu ver, a Oi poderia ser atendida em seus pedidos de revisão da dívida com o governo federal. “A gente não está pedindo recursos públicos. Está pedindo condições muito próximas da MP do Refis. Queremos colocar a dívida da Oi nesses mesmos critérios, utilizar os TACs”, finalizou.