Liquidação do estoque IPv4 chega à fase final

A partir de agora, apenas entrantes no mercado podem solicitar blocos IPv4. Mesmo assim, a orientação é preferir o IPv6.

shutterstock_ Toria_Banda_Larga_internacional_rede_InternetA fase de “terminação gradual” do estoque de endereços IPv4 na região da América Latina e Caribe, anunciada em 2014, chegou à última etapa, conforme anúncio do Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC).

Apenas entrantes – operadoras que ainda não possuam blocos IPv4 alocados diretamente por um Registro Internet – serão atendidos, conforme política estabelecida pelo NIC.br, responsável pela gestão de domínios no país.

O último lote do estoque, que passou a ser utilizado na região na quarta-feira (15/02), possui mais 5 milhões de endereços IPv4, agora reservados apenas aos novos entrantes. As alocações estão limitadas a1024 endereços e não serão permitidas alocações adicionais. “Esta última fase da terminação gradual permite que os provedores que estão entrando no mercado iniciem seus serviços e tenham mecanismos para fazer a transição para o IPv6, que é o futuro da Internet”, diz Ricardo Patara, gerente de Recursos de Numeração do NIC.br. “O Brasil tem aproximadamente 14% de utilização de endereços IPv6. A tendência, a partir da adoção desta última etapa, é de rápido crescimento”, complementa Eduardo Barasal Morales, analista da equipe IPv6.br.

A organização lembra que a quantidade de endereços IP é finita, limitada a quatro bilhões de endereços na versão 4. “O crescimento de usuários e serviços na internet implicou naturalmente em um consumo mais rápido desses recursos, mesmo com todas as medidas técnicas paliativas adotadas desde 1996. A solução para o contínuo crescimento da rede é o uso do protocolo IP na versão 6 (IPv6), que tem um enorme espaço de endereçamento, de tamanho adequado para atender por muito tempo as necessidades futuras da internet”, ressalta o NIC.br, em nota.

Estudo feito pela Cisco mostra que a quantidade de acessos IPv6 será de 1,1 bilhão em 2020 – eram 370 milhões em 2015, na América Latina. Ao mesmo tempo, 55,2% de todas as redes (fixas e móveis) serão compatíveis com o IPv6. O Brasil será responsável por quase a metade dos acessos, com 435,8 milhões em 2020, ante 167,8 milhões em 2015. Também usaremos mais o IPv6 que a média regional, com 56,8% das redes compatíveis com o novo protocolo. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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