O papel da conectividade na criação de cidades inteligentes

Representantes da TIM e Vero debateram a importância da conectividade para o avanço das cidades inteligentes, destacando a integração de tecnologias como 5G, IoT e IA nas soluções urbanas e corporativas
Cidades inteligentes: conectividade transformando municípios no Brasil
Especialistas abordam o papel da conectividade nas cidades inteligentes | Foto: Tele.Síntese

A crescente urbanização e a demanda por serviços mais eficientes têm impulsionado a transformação digital nas cidades brasileiras, tornando a conectividade um fator essencial para o desenvolvimento urbano. Neste contexto, representantes do setor de telecomunicações se reuniram em um painel durante o Inovatic 2024, promovido pelo Tele.Síntese, para discutir como a integração de tecnologias avançadas, como 5G e Internet das Coisas (IoT), pode facilitar a criação de cidades inteligentes.

O diálogo enfatizou a importância da colaboração entre operadoras de telecomunicações e prefeituras para a implementação de soluções que atendam às necessidades locais e promovam uma melhor qualidade de vida para os cidadãos.

Transformação digital

Paulo Humberto Gouvea, Diretor de Soluções Corporativas da TIM Brasil, destacou que a conectividade é a base para a transformação digital. “Conectividade habilita toda a transformação digital, seja de humano para humano, humano para máquina ou máquina para máquina”, disse. Ele ressaltou que a pandemia de 2020 acelerou essa mudança, trazendo à tona novas oportunidades como a telemedicina e a educação a distância, além de impulsionar a comunicação entre veículos e o desenvolvimento de tecnologias para veículos autônomos.

A TIM tem investido em setores vistos como prioritários, como agronegócio e logística. Além disso, mais de 17,5 milhões de hectares de terras agrícolas estão cobertos com conectividade 4G, com planos de expansão para 20 milhões até o final do ano. “O setor móvel está mais focado na qualidade do que na redução de preços”, afirmou Gouvea.

Lincoln Lopes, Diretor de Relações Institucionais da Abeprest, ressaltou o papel das prefeituras na transformação das cidades em ambientes inteligentes. “O foco central da discussão é do ponto de vista das prefeituras e operadoras. Como estão ajudando a transformar e levar benefícios para as prefeituras e cidadãos?”, questionou. Ele enfatizou que a tecnologia, por si só, não é suficiente. “Ela funciona bem quando está integrada e alinhada às demandas das cidades e empresas”, concluiu.

Três pilares

Rogerio Garchet, Diretor de Marketing e Vendas B2B da Vero, explicou que a abordagem da Vero em relação às cidades inteligentes é pautada em três pilares principais: transformação do ambiente urbano, customização das soluções tecnológicas e eficiência nos projetos. “Quando falamos de soluções inteligentes, lidamos com uma vasta gama de produtos que vão desde a integração de software até sistemas de reconhecimento facial e análise de dados”, afirmou.

Além disso, Garchet relatou que a Vero tem desenvolvido um software capaz de identificar pichações em muros através de análise de gestos. “Estamos sempre procurando novas formas de integrar a tecnologia ao cotidiano das cidades, garantindo um ambiente mais seguro e monitorado”, afirmou.

A conectividade e a integração tecnológica estão moldando o futuro das cidades inteligentes no Brasil, com impacto direto em setores essenciais para o desenvolvimento urbano e econômico. A parceria entre operadoras, prefeituras e outros atores do ecossistema é crucial para que essa transformação continue avançando de forma sustentável e eficiente.

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Gabriel Gameiro

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