O fim do compartilhamento de senhas do Netflix avança pela América Latina

A adoção de medidas para pagamento por mais de um domicílio acessando o streaming não chega ao Brasil por enquanto
O fim do compartilhamento de senha do Netflix Crédito-Freepik
Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Peru. serão os próximos países. Crédito: divulgação

O Netflix está tentando mais uma vez coibir o compartilhamento gratuito de senhas entre seus assinantes em alguns países da América Latina. Em março ela lançou no Chile, Costa Rica e Peru uma oferta que permite pagar pela inclusão de um membro extra na assinatura. A partir do próximo mês ela irá bloquear o uso do streaming em domicílios diferentes caso não seja paga uma taxa extra para isso. Essa medida será aplicada na Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Peru.

“Hoje o amplo compartilhamento de contas entre as famílias prejudica nossa capacidade de investimento no longo prazo e de melhorar nosso serviço”, disse a empresa em comunicado. Também ressaltou que vem “cuidadosamente explorando diferentes formas de as pessoas que desejam compartilhar suas contas possam fazê-lo pagando um pouco a mais”. A companhia ainda esclareceu que não fará mudanças nesse compartilhamento de senhas em outros países até entender melhor o alcance das medidas tomadas junto a seus consumidores.

Na nova metodologia nos países escolhidos, os assinantes do plano básico poderão acrescentar um outro domicílio na assinatura, os do plano Standard terão direito a acrescentar dois outros domicílios pagos e o Premium até três casas. O sistema não muda para o uso do streaming em viagens e deslocamentos por meio dos dispositivos móveis e o titular da conta terá acesso ao controle para saber onde sua assinatura está sendo usada e remover esse acesso se for o caso.

A empresa não informou qual o alcance dessa  determinação nos países escolhidos para dar início ao teste. Depois de anunciar as novas medidas, a empresa divulgou seu balanço onde consta a perda de 970 mil assinantes de abril a junho. Esses números não chegaram a afetar as ações da empresa, pelo contrário. Isso porque em março ela havia previsto que poderia perder entre 1,5  milhão e 2 milhões de clientes face a extrema competição que vem se desenrolado no mercado de streaming.

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Da Redação

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