Nvidia supera Microsoft e se torna empresa mais valiosa do mundo

Fabricante de chips de IA atingiu o valor de mercado de US$ 3,33 bilhões; empresa detém cerca de 80% do mercado de processadores de IA e já havia superado a Apple no início do mês
Nvidia se torna a empresa mais valiosa do mundo
Sede da Nvidia, em Santa Clara, na Califórnia; fabricante de chips se tornou a empresa mais valiosa do mundo (crédito: Nvidia/Divulgação)

A Nvidia deixou a Microsoft para trás e se tornou a empresa mais valiosa do mundo nesta terça-feira, 18. As ações da fabricante de chips sobem mais de 3% em pregão na Nasdaq, levando o valor de mercado da empresa para US$ 3,33 trilhões (aproximadamente R$ 18,06 trilhões).

A companhia havia alcançado a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado no início do mês, ocasião em que superou a Apple como segundo empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.

Desde o início do ano, as ações da Nvidia subiram mais de 170%, acompanhando os bons resultados financeiros e a forte demanda por chips de Inteligência Artificial (IA), setor que a companhia lidera com folga.

Como comparação, os papéis da Microsoft acumulam valorização de cerca de 20% neste ano, sendo a dona do Windows uma das empresas que mais investem em IA em todo o mundo. O valor de mercado da gigante de tecnologia fica na casa de US$ 3,31 trilhões.

Especializada em unidade de processamento gráfico (GPU), a Nvidia detém cerca de 80% do mercado de chips de IA usados em data centers. O negócio vem crescendo à medida que big techs – sobretudo Microsoft, Meta, Alphabet (dona do Google), Amazon e Apple – incorporam soluções de IA, incluindo modelos generativos, a seus produtos e serviços.

Antes do boom da tecnologia, a Nvidia era mais conhecida por fornecer semicondutores para fabricantes de computadores e videogames, em razão das necessidades de processamento gráfico desses dispositivos.

Na prática, as ações da Nvidia dispararam nos últimos dois anos, acompanhando a corrida pelo desenvolvimento de plataformas de IA. O valor de mercado da empresa passou de US$ 1 trilhão para US$ 2 trilhões no período de nove meses, alcançando a marca em fevereiro deste ano. Com isso, o valor simbólico de US$ 3 trilhões levou apenas pouco mais de três meses para ser atingido, em junho.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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