Novo óculos do Google traduz conversas em tempo real
O novo óculos desenvolvido pelo Google é capaz de exibir traduções de conversas em tempo real, revelou a empresa uma década após a estreia do Google Glass, um par de óculos que filmava o que os usuários viam. Na ocasião do lançamento, o produto foi motivo de muitas preocupações sobre privacidade e foi mal avaliado por seu design.
“Estamos trabalhando em tecnologia que nos permite quebrar as barreiras linguísticas, levando anos de pesquisa no Google Tradutor e trazendo isso para os óculos”, disse Eddie Chung, diretor de gerenciamento de produtos do Google, sobre o novo óculos em desenvolvimento.
O Google também apresentou um tablet a ser lançado em 2023 e um smartwatch que estará à venda no final deste ano, revelando uma estratégia para oferecer um grupo de produtos comparáveis à Apple.
De acordo com a empresa de consultoria e pesquisa IDC, o negócio de hardware do Google continua pequeno, com uma participação no mercado global de smartphones abaixo de 1%.
Conforme analistas, a revelação dos novos óculos reflete a crescente cautela da empresa. Quando o Google Glass foi demonstrado na conferência da empresa para desenvolvedores em 2012, paraquedistas o usaram para transmitir ao vivo um salto em um prédio de São Francisco, com a empresa obtendo autorização especial para a façanha.
Desta vez, o Google mostrou apenas um vídeo do protótipo, que exibiu traduções para conversas envolvendo inglês, mandarim, espanhol e linguagem de sinais americana.
A empresa não especificou uma data de lançamento ou confirmou imediatamente que o dispositivo não tinha uma câmera incorporada.
O tablet reverte a decisão do Google há três anos de abandonar a fabricação do seu próprio produto após vendas fracas de apenas 500 mil unidades, de acordo com a IDC.
O novo tablet segue o aumento do interesse dos usuários e foi anunciado antecipadamente para informar os compradores sobre alternativas, disse Rick Osterloh, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços do Google, a repórteres.
Ele acrescentou que o Pixel Watch, que não será compatível com o iPhones, atrairá usuários diferentes dos dispositivos Fitbit, comprada pelo Google ano passado por 2,1 bilhões de dólares.