Novas tecnologias: o desenvolvimento de Superapps no Brasil
Os superapps têm se consolidado como uma inovação no cenário digital global, oferecendo uma experiência integrada que permite aos usuários acessar diversos serviços e realizar transações em uma única plataforma. Esses aplicativos estão rapidamente conquistando mercados em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde a adaptação às particularidades locais, como o comportamento dos consumidores e as diferenças culturais, tem sido um fator determinante para o sucesso.
No país, o desenvolvimento de superapps enfrenta desafios únicos, como a necessidade de atender a uma diversidade de comunidades e a complexidade de integrar diferentes tecnologias e serviços em um único ecossistema.
Camila Costa, diretora executiva da Wibx, explica que os principais desafios enfrentados pelo segmento estão relacionados à comunicação eficaz com as diversas comunidades e ao entendimento das especificidades comportamentais de cada uma delas. Ela ressalta a complexidade do mercado brasileiro, com suas diferentes classes sociais, faixas etárias e preferências culturais, o que exige uma abordagem personalizada.
“Trabalhar com novas tecnologias é sempre desafiador, então precisamos ter um time sempre dinâmico e preparado para entregar segurança, escalabilidade e rapidez”, afirma Camila, destacando a importância de uma infraestrutura tecnológica robusta e segura.
Na visão de Thiago Beatriz, CCO e cofundador da Wibx, a maioria dos superapps existentes ainda carece de mecanismos de cocriação que envolvam o usuário de forma ativa. “Faltam mecânicas que tragam o usuário de maneira ativa e participativa”, aponta. Para o futuro, ele acredita que os superapps evoluirão para plataformas mais gamificadas, promovendo uma interação direta entre usuários e marcas. A ideia é transformar comunidades em negócios, onde os usuários não só consomem, mas também atuam como distribuidores de conteúdo e influenciadores. Isso, segundo ele, pode gerar engajamento, leads e vendas, promovendo um marketing comunitário mais eficiente.
A ideia é transformar as comunidades de usuários em ecossistemas autossustentáveis, onde as pessoas não apenas consomem produtos e serviços, mas também se tornam distribuidores de conteúdo e influenciadores, gerando engajamento, leads e vendas. Isso resultaria em um marketing comunitário mais eficiente e personalizado, que, segundo Thiago, seria o próximo passo na evolução dos superapps.
O uso de blockchain e tokens tem se mostrado uma ferramenta eficaz para engajar o público, como observa Camila Costa. A tecnologia não apenas aumenta a segurança e a confiança dos usuários nas transações, mas também possibilita a criação de um sistema de recompensas que incentiva comportamentos desejáveis. Esse modelo, que integra elementos de gamificação, tem ajudado a criar um relacionamento mais próximo entre as marcas e seus consumidores, além de fidelizar usuários e gerar dados valiosos sobre seus comportamentos e preferências.