Nokia se apresenta como integradora de serviços de IoT
A Nokia anunciou hoje, 10, que pretende ser mais do que fornecedora de equipamentos para telecomunicações. A ideia é aproveitar a onda da internet das coisas e passar a vender serviços de conectividade. Para isso, lançou a Wing (Worldwide IoT Network Grid), uma rede mundial de IoT que deve funcionar como um “one stop shop”, pelo qual um cliente que precise se conectar precisará apenas contratar a Nokia.
Para criar essa rede mundial, a Nokia está convidando operadoras do mundo todo para estabelecer parcerias, sob o argumento que a IoT tem funcionamento e cobertura diferente das telecomunicações tradicionais, não se limitando a países. A ideia é usar a capacidade excedente das redes móveis, fixas e satelitais para criar um rede única, mundial, de transporte de dados trocados pelas “coisas”.
A companhia finlandesa então será responsável pela conectividade dos aparelhos, assinaturas, gerenciamento, segurança e análise de consumo dos usuários. E, segundo a empresa, essa sua rede IoT será inteligente a ponto de alternar de redes móveis a fixas (WiFi), ou satelitais de modo automático.
No pacote, o cliente contrata provisionamento, operações, cobrança e até atendimento ao cliente, tudo entregue pela Nokia. A companhia europeia descarta, porém, competir com operadoras móveis. Quer que o uso da capacidade excedente seja um acordo benéfico a todos os entes, que possa gerar novas receitas.
“As prestadoras de serviços de comunicações podem se aproveitar de novas oportunidade que aparecerão caso participem de uma federação mundial de serviços de conectividade IoT”, afirma em comunicado. Operadoras também poderão contratar o serviço no modelo white-label, fazendo ofertas locais terem cobertura global, por exemplo.
Segundo Alexandra Rehak, analista de mercado IoT da Ovum, a iniciaiva da Nokia tem intenção de fazer a IoT pegar. “A complexidade da implementação da IoT, o desenvolvimento de novos serviços e modelos de negócios tornam obrigatórias parcerias flexíveis e de longo prazo entre os participantes do mercado”, resume.
A iniciativa será apresentada com mais detalhes durante o Mobile World Congress, que acontece de 27 de fevereiro a 2 de março em Barcelona, na Espanha. (Com assessoria de imprensa)