Nokia encerra litígio e assina acordo de patentes 5G com a Oppo

Contrato plurianual prevê que fabricante chinesa tenha acesso a tecnologias de quinta geração móvel da companhia finlandesa; acordo gera receitas já neste trimestre
Nokia fecha contrato de patentes 5G com a fabricante chinesa Oppo
Campus da Nokia em Espoo, Finlândia; contrato de patentes 5G com a Oppo encerra disputa judicial entre as empresas (crédito: Divulgação/Nokia)

A Nokia e a fabricante chinesa de smartphones Oppo fecharam um acordo de vários anos para licenciamento cruzado de patentes relacionadas à tecnologia 5G. A negociação também encerra disputas litigiosas sobre a falta de pagamento de royalties pelo uso de propriedades intelectuais entre as empresas em diversas jurisdições.

Em comunicado, a Nokia destacou que o contrato cobre as suas “invenções fundamentais” em tecnologia celular.

Além disso, com base no acordo, a empresa finlandesa “receberá pagamentos da Oppo por um período de vários anos”, bem como uma indenização de recuperação pela falta de pagamento da fabricante chinesa durante o período em que as companhias estiveram em disputa judicial. Os valores do novo contrato não foram revelados.

A Nokia informou que começará a sentir as vendas líquidas do acordo, por meio da divisão Nokia Technologies, incluindo os pagamentos de recuperação, já no primeiro trimestre deste ano.

“O novo acordo – juntamente com outros acordos importantes sobre smartphones que celebramos no ano passado – proporcionarão estabilidade financeira a longo prazo ao nosso negócio de licenciamentos”, disse, em nota, Jenni Lukander, presidente da Nokia Technologies.

O portfólio de propriedades intelectuais da empresa é composto por cerca de 20 mil famílias de patentes, das quais mais de 6 mil linhas são consideradas essenciais para a quinta geração móvel.

A Nokia entrou com ações judiciais contra a Oppo em vários países europeus em 2021. Em dezembro do ano passado, a Oppo solicitou que a companhia finlandesa encerrasse os processos após uma decisão sobre taxas de royalties tomada por um tribunal chinês, o que abriu caminho para a formação do novo acordo entre as empresas.

Pouco antes, em novembro do ano passado, também como forma de defender o uso de suas propriedades intelectuais, a Nokia abriu processos contra a Amazon em diversos países. A empresa também ajuizou uma ação contra a HP nos Estados Unidos.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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