Nokia e Telefónica combinam sub-6 GHz para ampliar velocidade de uplink
A Nokia e a subsidiária alemã da Telefónica, a O2, tiveram sucesso em agregar o espectro sub-6 GHz para aumentar a taxa de transferência de uplink em uma rede 5G standalone. Anteriormente, a fabricante já tinha agregado quatro faixas de espectro para o suporte de downlink em infraestrutura autonôma da quinta geração além de também incorporar faixas milimétricas.
A empresa é a primeira a combinar o espectro sub-6 GHz para essa tarefa. Com o uso de agregação de portadoras, é possível que as operadoras móveis maximizem seus ativos de espectro para alcançar taxas de transferência mais altas e aprimorem a experiência 5G para assinantes.
Segundo a Nokia, à medida que os usuários criam e compartilham conteúdo on-line, como vídeo HD, a agregadora de portadora melhora o desempenho do 5G, oferecendo melhor usabilidade de rede na borda da célula com maior confiabilidade e menor latência.
Para a fornecedora finlandesa, a operadoras móveis poderão habilitar novos casos de uso industrial para verticais como a indústria automotiva e transmissões ao vivo de eventos e experiências de realidade virtual para consumidores e empresas, abrindo caminho para o metaverso.
Prova de conceito
A prova de conceito para o uso do espectro sub- 6 GHz ocorreu no Innovation Cluster da O2 Telefónica perto de Berlim e utilizou a rede comercial da O2 Telefónica.
A Nokia forneceu soluções de seu mais recente portfólio AirScale com eficiência energética, incluindo produtos Baseband, MIMO massivo e RRH, alimentados por seu chipset Reefshark. A MediaTek forneceu sua plataforma móvel 5G usando o modem MediaTek Release-16 M80 integrado ao chipset principal MediaTek Dimensity 9000.
As empresas usaram a combinação de uma portadora de 20 MHz na banda de 1800 MHz e uma portadora de 70 MHz na banda de 3,6 GHz usando a tecnologia Carrier Aggregation para atingir um pico de transmissão de uplink de 144 Mbps.
No Brasil, a fabricante vai implementar um laboratório para desenvolver soluções 5G em na capital paulista. Ele deverá entrar em atividade no início de 2023.