Nokia conclui ciclo de licenciamento de patentes móveis

Empresa finalizou o último de sete contratos firmados nos últimos dois anos com Apple, Samsung, Honor, Huawei, Oppo e Vivo

Propriedade intelectual. Crédito-Freepik

A fornecedora finlandesa de equipamentos para redes Nokia fechou um contrato multimilionário de licenciamento, que vinha em negociação há 13 meses. Com isso, já antecipa resultados positivos de sua unidade de patentes, a Nokia Technologies, neste primeiro trimestre.

A companhia não revela com quem assinou o acordo. Mas diz que encerrou, assim, o ciclo de renovação de licenças de suas tecnologias, iniciado em 2021. E que a unidade ficará com resultados estáveis por alguns anos, uma vez que não há no curto prazo nenhum contrato vincendo nem negociações relevantes para serem concluídas.

Em 2022, a Nokia assinou acordo com a Huawei. Em 2023, fechou com Apple e Samsung. E nas últimas semanas, anunciou que chegou a bons termos com as fabricantes chinesas Honor, Oppo e Vivo (que não tem qualquer relação com a operadora de mesmo nome no Brasil). Com quem firmou o sétimo e derradeiro contrato, não informou.

Com esta sequência de grandes contratos, a companhia avisa que a unidade Nokia Technologies alcançou receita recorrente de cerca de 1,3 bilhão de euros por ano. Com o mercado móvel mais relevante abordado, diz, agora vai buscar acordos de licenciamento de tecnologias de conectividade para o setor automotivo, de produtos de consumo doméstico, internet das coisas e multimídia. Com isso, espera ser capaz de elevar as receitas anuais da área para até 1,5 bilhão de euros o médio prazo.

Os contratos fechados neste trimestre também retrocedem um pouco no tempo a período em que o licenciamento esteve pendente. Dessa forma, a empresa avisa que haverá recebimentos não recorrentes da ordem 400 milhões de euros.

“A conclusão do nosso ciclo de renovação de licenças para smartphones nos permite agora focar no crescimento em outras áreas. Estamos progredindo nesse sentido e com boas oportunidades em vista”, afirmou Jenni Lukander, presidente da Nokia Technologies.

A Nokia investiu 150 bilhões de euros no desenvolvimento de tecnologia desde 2000 e detém o direito sobre 20 mil patentes de telefonia e banda larga móvel, das quais 6 mil são consideradas essenciais para funcionamento adequado do 5G.

 

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Da Redação

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