Navarro: TAC estará em 600 cidades e vai revolucionar em 105 com ultra banda larga

Segundo Eduardo Navarro, apenas 8% das cidades onde a Telefônica vai instalar FTTH têm banda larga acima de 12 Mega.

Photo: Robson Regato

O presidente da Telefônica, Eduardo Navarro, fez hoje, 19, na Câmara dos Deputados, uma veemente defesa da política pública implementada pela Anatel, para a expansão da banda larga, com assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com sua empresa. Para ele, o acordo irá revolucionar o processo de inclusão digital, com a implantação da rede de ultra banda larga não apenas nas ruas dos ricos.

O executivo assinalou que, para multas de cerca de R$ 3 bilhões, a sua empresa vai investir R$ 5,5 bilhões para corrigir as condutas que geraram as punições, ampliar redes de backhaul e backbone, levar 4G para diversos municípios e, o que considera o mais importante, levar banda ultra larga para mais de 100 cidades brasileiras. 

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Segundo o executivo, 60% dos projetos a receberem investimentos adicionais do TAC estão acima do estado de São Paulo, onde a Telefônica tem a concessão de telefonia fixa. Conforme o levantamento realizado pela empresa, nas 105 cidades escolhidas para a Telefônica implantar a rede de FTTH (fibra óptica até a residência), existem 5,3 milhões de residências, das quais em 3 milhões não há acesso à banda larga.

“Nessas 105 cidades onde vamos levar o FTTH, apenas 8% têm banda larga acima de 12 Mega. As demais residências estão conectadas com apenas 1 ou 2 mega, que não vale mais nada para ninguém, pois o celular já consegue conectar com 12 Mega”, afirmou o presidente do grupo.

Navarro contestou também as críticas feitas pela Abrint, de que as cidades escolhidas para o projeto de FTTH já contam com muitas empresas prestando o serviço. “Nós não vamos levar a banda ultra larga para apenas três ruas, mas sim para toda a cidade. Não podemos olhar para trás. Vamos revolucionar essas cidades com oferta de 50 a 100 Mega. Esse é o futuro”, completou.

Na avaliação de Navarro, se o TAC não existisse, as multas continuariam a ser judicializadas e os recursos não seriam aplicados diretamente para atender ao que a população brasileira quer, que é internet de alta velocidade. “Ao final do TAC, estaremos tornando disponível ultra banda larga para 1,5 milhão de domicílios brasileiros. Vamos gerar 80 mil empregos e mais de R$ 600 milhões em arrecadação tributária por ano”, afirmou o executivo.

Para ele, ao invés de se colocar em risco o TAC, que poderá estimular a volta do processo de judicialização das multas, as demais empresas e entidades que questionam o acordo (TIM, Claro e Telcomp também criticaram a escolha das cidades) deveriam seguir a mesma linha e também investir as suas multas em FTTH.

“O TAC foi referendado pelo conselho do TCU e vamos fazer uma verdadeira revolução digital no Brasil”, prometeu Navarro.

Aqui, a apresentação do presidente da Telefônica em audiência na Câmara dos Deputados.

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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