Nasdaq tem alta um dia após volatilidade causada por guerra comercial entre EUA e China
A China anunciou ontem, 13, o aumento de tarifas para o comércio com os Estados Unidos. A medida foi uma retaliação ao aumento de tarifas praticado pelos EUA na sexta-feira de 10% para 25% sobre os produtos chineses. O mercado local reagiu a estes movimentos. A briga comercial entre os países fez o valor de empresas de tecnologia despencar.
O índice Nasdaq caiu 3,4%. A Apple foi uma das empresas mais voláteis. Caiu 5,8% ontem, uma vez que parte de seus produtos é feita na China. Hoje, no entanto, pareceu haver uma trégua. As ações se recuperaram, embora não totalmente. O índice Nasdaq subiu 1,14%. E a Apple se valorizou 1,58%.
Ainda é cedo para dizer, no entanto, se a recuperação de valor das empresas que compõem o índice Nasdaq será duradoura. Isso porque a visão entre analistas é que a elevação de tarifas demonstra uma escalada da guerra comercial entre EUA e China, sem perspectiva de arrefecimento, apesar do que diz o governo americano.
A guerra, por enquanto, parece desproporcional. O governo de Donald Trump aumentou tarifas sobre o equivalente a US$ 200 bilhões de importações. A China, sobre o equivalente a US$ 60 bilhões. Trump acena com possível aumento de tarifas sobre tudo o que for importado da China, e foi isso o que mais mexeu com o valor das ações.
Hoje, Trumpe procurou jogar água na fervura, afirmando que, embora as negociações até semana passada tenham sido infrutíferas, elas continuam e vão dar um bom resultado “muito antes do que muita gente pensa”. Em sua conta no Twitter, o presidente dos EUA afirmou que busca um acordo que não apenas faça sentido, mas que “seja um grande negócio”, caso contrário não há porque firmá-lo.
When the time is right we will make a deal with China. My respect and friendship with President Xi is unlimited but, as I have told him many times before, this must be a great deal for the United States or it just doesn’t make any sense. We have to be allowed to make up some…..
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 14 de maio de 2019