Na Nomos, IA apóia análise de riscos regulatórios
A inteligência artificial (IA)tem sido a ferramenta adotada pela Nomos em sua operação de monitoramento de riscos regulatórios e análises políticas para relações governamentais. A startup atua como uma plataforma de monitoramento de informações dos poderes executivos e legislativos de todo o país de maneira centralizada.
A empresa nasceu em 2022 por meio de dois grandes parceiros do mercado, a Arko Advice – empresa brasileira de análise política, estratégia e public affairs – e o TC, uma das maiores comunidades de investidores da América Latina, que fez seu IPO em 2021. A maior parte dos clientes são grandes empresas com áreas de assuntos governamentais.
Vinícius Marson, CEO e cofundador da Nomos, explica que um dos principais objetivos é monitorar tudo o que acontece no legislativo e no judiciário e em outras fontes – como imprensa, redes sociais de parlamentares e órgãos reguladores, CPIs, Comissões – que possam gerar oportunidades e riscos. A meta é tornar mais estratégica e ágil as operações de relações governamentais de empresas e instituições públicas e privadas no Brasil.
A startup tem robôs vasculhando a internet e coletando informações. Nem todas são de fácil acesso, às vezes, em câmaras municipais ou assembleias legislativas, há documentos em Powerpoint, PDF, docx com dados sobre o ambiente legislativo. A IA pega todos esses documentos, extrai os textos e joga em um banco de dados para ir conhecendo tudo que ocorre na esfera
política.
“O usuário pode escolher e configurar os setores que quer monitorar. A partir daí, a IA utiliza as principais palavras-chave de cada setor e identifica os temas para cada cliente e vai aprendendo com o que ele indica o mais importante. A tecnologia aliada à expertise de parceiros no cenário político e regulatório é o caminho para que os clientes estejam sempre um passo à frente
na gestão regulatória de seus negócios”, diz Marson.
Ele explica que a ideia é facilitar a integração das empresas com o setor público por meio da oferta de informações precisas e relevantes para uma atuação estratégica e eficiente nas relações governamentais. “Temos uma equipe especializada em monitoramento e análise política, além de oferecermos uma solução para acompanhar as atividades legislativas e
regulatórias relevantes para os negócios”, diz Marson.
O modelo de negócio é baseado em assinatura que começa com o output da IA da Nomos no celular, e pode evoluir para aplicativo e monitoramento específico. Entre as soluções está o Nomos Alerta, que oferece acesso instantâneo a uma variedade de painéis monitorados pela plataforma Nomos, abrangendo áreas como setor financeiro, tributário, LGDP, energia, entre outros.
A empresa pretende ampliar o acesso ao monitoramento para profissionais como advogados, economistas, profissionais do mercado financeiro e empresários de forma mais acessível.
“Queremos democratizar o acesso à informação sobre acompanhamento político que hoje é descentralizado. Nosso trabalho não se confunde com um clipping pois é baseado em acompanhamento e análise de temas legais. Quando um parlamentar apresenta um projeto que vai para uma audiência pública, muitas as empresas não aparecem e são surpreendidas quando o projeto é aprovado. A Nomos faz todo o acompanhamento”, distingue Marson.
Regulação de IA
A Nomos acaba de divulgar seu mais recente relatório abordando os principais projetos de regulamentação em andamento relacionados à Inteligência Artificial (IA) e os principais legisladores envolvidos nesse cenário. Dado o potencial impacto da IA na sociedade, o debate sobre seu uso ético, justo e responsável vem ganhando destaque.
A Nomos desenvolveu um relatório detalhado que mapeia os principais projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, com foco na regulamentação da IA, além de identificar os principais legisladores envolvidos nesse debate. “Através de nossa análise, identificamos seis projetos de lei em andamento na Câmara dos Deputados e três no Senado Federal, todos direcionados à regulamentação da Inteligência Artificial. Também destacamos os cinco principais representantes políticos brasileiros envolvidos nesse tema”, acrescenta Marson.
Marson destaca, no entanto, que o uso inadequado da IA pode gerar riscos significativos, como “invasão de privacidade, questões de segurança cibernética e dependência excessiva da tecnologia”. A empresa já vem atualizado e utilizando o algoritmo do Chat GPT para análise e simplificação de legislações. “No futuro, pensamos oferecer nossa IA para as pessoas usarem como ocorre com o ChatGPT. Mas, no momento, ainda não está madura e não temos uma precificação ” diz o CEO da Nomos.