Monitor do PIB aponta alta de 1,1% no 2T22, segundo FGV
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 1,1% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre, segundo o Monitor do PIB divulgado nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Na comparação anual, o crescimento foi de 3% no segundo trimestre de 2022.
No mês de junho, a atividade econômica teve ligeira alta de 0,1% em relação a maio. Na comparação com junho de 2021, a economia teve expansão de 2,7% em junho de 2022.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento de 1,1% do PIB no 2º trimestre é reflexo do desempenho positivo das três grandes atividades econômicas, embora seja esperada uma redução do ritmo da atividade econômica no segundo semestre devido aos juros que estão em patamares elevados, e a despeito da expectativa de redução do ritmo inflacionário.
“Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo são os principais componentes a explicar o crescimento do PIB no trimestre. Pode-se destacar que os estímulos aplicados a economia, como a liberação do FGTS e a redução dos preços de alguns produtos considerados essenciais surtiram efeito positivo, pelo menos no curto prazo”, complementou.
Consumo das famílias
O consumo das famílias cresceu 1,8% no segundo trimestre, comparado ao primeiro e 0,3% em junho frente a maio. Na comparação interanual cresceu 4,3% no segundo trimestre. Nesta comparação, todos os componentes do consumo cresceram, a exceção do consumo de bens duráveis, o que seria esperado tendo em vista o nível elevado dos juros. Entre os que cresceram o maior destaque continua sendo o consumo de serviços.
Formação bruta de capital fixo (FBCF)
A FBCF apresentou crescimento de 4,0% no segundo trimestre, em comparação ao primeiro e de 1,3% em junho, frente a maio. Na comparação interanual cresceu 0,3% no segundo trimestre. O componente de máquinas e equipamentos foi o único a apresentar queda nesta comparação (-3,7%), porém a uma taxa menor do que as quedas observadas nos meses anteriores.
Exportação
A exportação de bens e serviços apresentou retração de 2,4% no segundo trimestre, em comparação ao primeiro e crescimento de 7,8% em junho, frente a maio. Na análise interanual, a exportação retraiu 4,6% no segundo trimestre. Pelo segundo mês consecutivo, as quedas na exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral tiveram papel importante no desempenho negativo da exportação.
Importação
A importação de bens e serviços cresceu 7,2% no segundo trimestre, em comparação ao primeiro e retraiu 1,2% em junho frente a maio. Na análise interanual retraiu 1,6% no segundo trimestre. Desde o trimestre encerrado em janeiro, a queda na importação de bens intermediários foi a principal responsável por esse resultado negativo da importação.
(com assessoria)