Mercado de tablets fecha 1º tri em alta, segundo a IDC Brasil

Vendas e receitas cresceram 52,3% e 149,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2020. Compra de aparelhos pela Prefeitura de São Paulo para a educação contribuiu para a alta do mercado

O mercado de tablets no Brasil cresceu 52,3% no primeiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. Nos três primeiros meses deste ano, foram vendidos 1.026.880 aparelhos, sendo 675.672 para o varejo e 351.208 para o corporativo, segundo o estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q12021, realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Segundo Rodrigo Pereira, analista de mercado de Consumer & Commercial Devices da IDC Brasil, o crescimento foi puxado principalmente pelas vendas para a educação. “A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, comprou um volume grande de tablets para atender as demandas das escolas municipais e isso impactou no resultado das vendas do setor corporativo, que cresceu 607,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020”.

Já o número de tablets vendidos no varejo teve alta de 8,2% comparando os primeiros três meses de 2020 e 2021. Apesar de mais tímido em relação ao crescimento do setor corporativo, o analista da IDC Brasil considera um bom indicador. “Temos que considerar que houve reajustes de preços por conta de ICMS, além da falta de componentes que continua impactando o mercado de computadores, monitores, impressoras e tablets. É uma reação em cadeia: com a escassez há aumento nos preços dos insumos, e isso impacta desde o fabricante, até o canal e o consumidor final”.

Quanto à receita do mercado de tablets no primeiro trimestre de 2021 foi de R$ 964,2 mil, alta de 149,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a receita foi de R$ 386,4 mil. Desse montante, R$ 572,2 mil referem-se às vendas no varejo e R$ 391,9 mil às vendas no corporativo”.

Rodrigo atribui o aumento forte nas receitas à uma nova tendência no consumo de tablets. “O mercado de aparelhos mais acessíveis, de 7 polegadas, mais voltados para o público infantil, está migrando para dispositivos mais robustos, que atendam a demanda de estudo em casa, mas também dê suporte para o home office. É um mercado que tem passado por grandes transformações”, diz o analista da IDC Brasil.

Para os próximos trimestres, a IDC Brasil mantém a projeção de 27,1% de crescimento para o mercado de tablets, uma vez que ainda há expectativa de entregas de novos volumes para Educação. “Essa expectativa considera também o trabalho que os fabricantes têm feito para atender às demandas crescentes do varejo e segmentos corporativos, além do desafio global de falta de componentes, que tem impactado diversas indústrias. Desde 2020, a falta de insumos tem se tornado um grande desafio logístico e de planejamento para os participantes desse mercado”, conclui o analista da IDC Brasil.

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Da Redação

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