MCTI anuncia R$ 220 milhões em investimentos na Ceitec

Com recursos do FNDCT, governo busca adequar estrutura da estatal para produção em escala de semicondutores utilizados em paineis fotovoltaicos e veículos elétricos.
Ministra Luciana Santos (ao centro) em anúncio de investimentos na Ceitec | Foto: Bruno Johann/Ceitec
Ministra Luciana Santos (ao centro) em anúncio de investimentos na Ceitec | Foto: Bruno Johann/Ceitec

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pretende aplicar R$ 220 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em investimentos no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), empresa pública de semicondutores. O valor foi anunciado pela ministra Luciana Santos em cerimônia realizada em Porto Alegre (RS), sede da estatal, nesta quinta-feira, 5.

De acordo com o órgão, o investimento será aplicado na internalização de novos processos produtivos e “na adequação da plataforma industrial da Ceitec”, visando a produção em escala de semicondutores de carbeto de silício (SiC), utilizados em dispositivos de potência.

“Eles terão aplicações estratégicas, como em sistemas de conversão de energia solar e em módulos de controle para veículos elétricos, setores-chave para a transição energética e a sustentabilidade”, detalha o órgão em nota.

O montante será repassado em partes, dividido em três anos, sendo: R$ 96,5 milhões em 2024; R$ 101,5 milhões em 2025; e R$ 22,36 milhões em 2026.

Ao anunciar o investimento, a ministra Luciana Santos reforçou o papel estratégico da estatal. “A produção local desses semicondutores posicionará a Ceitec como uma peça fundamental no fortalecimento da cadeia tecnológica nacional e no atendimento às demandas de mercados em expansão”, enfatizou a chefe da pasta.

Em entrevista ao Tele.Síntese em outubro deste ano, o presidente da Ceitec, Augusto Cesar Gadelha, contou que a estatal passa por um processo de renovação dos equipamentos, que implica na importação. Um dos desafios apontados por ele foi o recurso, que considera “muito aquém” da necessidade.

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Da Redação

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