Martinhão diz que Gaispi vai esperar interiorização para repensar kits
Mesmo com a queda do número de domicílios que acessam a TV por parabólica ter caído para 16 milhões, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3,5 GHz (Gaispi) não trabalha com a redução da distribuição de kits. A informação é do secretário de Radiodifusão, Maximiliano Martinhão, que participou, nesta terça-feira, 18, da Futurecom.
Para Martinhão, o governo trabalhava com um total de 20 milhões de TVRO, mas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada este ano pelo IBGE, não pode ser considerada nesse momento para justificar a redução das 10 milhões que serão beneficiadas com a política pública. Isto porque, argumenta, a distribuição de kits começou nas capitais.
“Quando começar a interiorização da distribuição para famílias do Cadastro Único e for comprovada a redução de TV por parabólica para o Gaispi repensar esse número de kits”, disse Martinhão. Segundo ele, a demanda maior por kits vem do interior.
Impactos do 5G
Martinhão foi o primeiro palestrante da Futurecom desta terça-feira, falando dos impactos do 5G na economia. Segundo o secretário, o modelo de venda das frequências é estudo por diversos países por atender a diversas políticas públicas, em um leilão que reverteu mais de 90% do valor para cumprimento de obrigações.
Entre essas obrigações, ele citou a limpeza da faixa do TVRO, a cobertura de 35 mil km de rodovias, aumento da competição, implantação do 4G em mais de 7 mil localidades e a implantação de 12 mil km de cabos ópticos subfluviais na região Amazônica.
ISPs
Martinhão afirma que, além do modelo do leilão do 5G, o crescimento dos ISPs no fornecimento de mais da metade dos acessos em banda larga fixa, a maioria por fibra óptica, é outro interesse dos países da América Latina.