Mais que dobram os ataques de malware a bancos na América Latina
O volume de ataques de malware a bancos aumentou 113% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é um relatório produzido pela BioCatch, especializada em biometria comportamental para prevenção de fraudes digitais.
O levantamento aponta que os maiores aumentos desses casos ocorreram na Argentina e na Colômbia, mas também foram detectados picos de ataques no México, no Brasil e no Peru.
Enquanto em outras partes do mundo o mais comum é o alvo dos malwares serem aplicativos em dispositivos móveis, na América Latina 30% das fraudes por softwares maliciosos são provenientes de navegadores na web em celulares. Houve um aumento de 55% desses registros no primeiro semestre de 2024 na região.
Dados da BioCatch que somente o malware Grandoreiro fez 52 ataques da bancos no Brasil neste ano. O prejuízo estimado devido aos ataques do Grandoreiro chega a US$ 120 milhões para as instituções financeiras latino-americanas.
De modo geral, as fraudes bancárias tiveram um aumento de 32% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa de segurança cibernética também mapeou as principais ameaças por país (veja no mapa).
Proteção dos clientes
O relatório da BioCatch cita ainda o surgimento de regulamentações específicas em países da América Latina com o intuito de proteger os clientes vítimas de golpes bancários online.
No Chile, por exemplo, há uma lei (nº 21.234) que permite às vítimas de golpes ou fraudes solicitar reembolso às instituições financeiras. Na Colômbia, se houver comprovação da denúncia, os bancos também são obrigados a ressarcir os clientes. No Brasil ainda não há legislação específica.