Mais de 160 fundos listados na CVM têm ativos da Oi e bancos estrangeiros são os maiores credores

Conforme a consultoria Economática, esses fundos acumulam ativos da Oi no valor de R$ 521,6 milhões. As agências informam ainda que os maiores credores da empresa são o Bank of New York Mellon e o Citibank (como trustee dos fundos)

queda despenca dinheiro acoes cifrao moeda bovespa
A lista de credores da Oi, entregue pela empresa à justiça e divulgada pelas agências de notícia, tem a mesma extensão da empresa. Com mais de 380 páginas, inclui milhares de empresas, bancos, órgãos públicos, de todos os tamanhos. A consultoria Economatica fez também um levantamento sobre a concentração do investimento local e constatou que R$ 521 milhões são de debêntures da Oi, das quais 90% delas estão no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal

Mas os grandes destaques de toda a dívida ficam para a Anatel, que por mais estranho que pareça, é uma das principais credoras da empresa, com mais de R$ 10 bilhões em multas a recolher.  Ao contrário do que se pensava, não são os bancos estatais os principais credores da lista total da empresa brasileira, mas sim os bancos estrangeiros, trustees dos fundos e debenturistas estrangeiros.

Juntos, o Citibank e o Bank o New York Mellon possuem R$ 33,91 bilhões a receber da concessionária. Individualmente, o Banco do Brasil é segundo maior credor nacional, com  R$ 4,372 bilhões e o BNDES, com R$ 3,3 bilhões (o único com garantias firmes para o empréstimo concedido). Dos bancos privados, somente o Itaú Unibanco tem uma grande quantia comprometida, de R$ 1,5 bi.

Dívida Trabalhista

R$ 668 mi

Dívida pequenos fornecedores

R$ 158 mi

Estrangeiros
Bank of New York Mellon —R$ 18,166 bi (agente fiduciário dos detentores de bônus)
Citibank — R$ 15,743 bi (agente fiduciário dos detentores de bônus)
China Development Bank — R$ 2,410 bi
BNP Paribas — R$1,129 bi
Credit Agricole Corporate and Investiment Bank — R$ 802 mi
EDC – Export Development Canada — R$ 507 mi

Brasileiros
Banco do Brasil — R$ 4,372 bi
BNDES — R$ 3, 340 bi ( o único com garantia)
CEF (Gefix) — R$ 1,964 bi
Banco Itaú BBA — R$1,502 bi
Banco do Nordeste — R$127 mi
Banco da Amazônia — R$ 79 mi
Banco de Brasília — R$53 mi

Enforcement
Anatel (multas) — R$ 10,072 bi
Ministério Público de Minas Gerais — R$ 183 mi

(com agências de notícias)

Avatar photo

Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

Artigos: 11111