Maioria das tentativas de fraude é aplicada no segmento de telefonia

Setor representa 38,6% das mais de 782 mil tentativas aplicadas nos cinco primeiros meses deste ano, conforme dados da Seras Experian

seguranca-celular-senha-cadeado-login-936x600 appO Brasil registrou 782.244 tentativas de fraude entre janeiro e maio, segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude. Isso representa uma tentativa a cada 16,8 segundos. O segmento de telefonia foi o mais afetado no acumulado do ano. Foi responsável por 38,6% do total, com 301.956 tentativas.

O golpe no segmento é a porta de entrada para outras fraudes. Os golpistas compram telefones para ganhar um comprovante de residência e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

O setor de Serviços vem em seguida no ranking de segmentos com mais tentativas de fraude identificadas de janeiro a maio de 2017 (233.092), representando 29,8% do total. Em terceiro lugar está bancos e financeiras com 23,9% de participação e 187.203 tentativas. O quarto setor mais afetado pelas tentativas nos cinco primeiros meses do ano foi o Varejo, com 47.452 tentativas e participação de 6,1%. Os demais segmentos representaram 1,6% do total.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a volta gradativa do consumidor ao mercado de crédito após dois anos de recessão econômica pode estar estimulando os fraudadores a aplicar golpes, já que muitas vezes os mesmos consideram esses períodos de maior movimentação como ambiente propício. O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito apontou crescimento de 2,1% no primeiro semestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior, na quantidade de pessoas que buscou crédito no país.

Os golpes mais comuns

Segundo a Serasa Experiam, as modalidades mais recorrentes de golpe são:

  • Compra de celulares com documentos falsos ou roubados;
  • Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão;
  • Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima;
  • Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio;
  • Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima;
  • Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.

Como evitar

A empresa explica que a maioria dos golpes acontece após as vítimas perderem documentos. Por isso aconselha que, em caso de perda, a pessoa cadastre imediatamente um aviso no site de documentos perdidos. Este site se encarrega de emitir um alerta para bancos e empresas, a fim de impedir o uso indevido.

Além disso, recomenda que o usuário fique atento a atendentes de lojas que peçam os documentos, para evitar trocas e que não permita que levem os documentos para área em que não possam ser vistos pelos donos. Sugere, ainda, atenção ao digitar senhas na presença de desconhecidos. E que nunca informe a terceiros dados pessoais de identificação.

Na internet, o usuário deve procurar sempre pelo cadeado verde na URL e preencher formulários apenas em páginas HTTPS. Se o site não for confiável, não preencher com seus dados. Desconfiar de ofertas online muito diferentes de sites concorrentes.

Além disso, lembra que é importante manter o antivírus do computador ativo e atualizado; nunca fazer operações financeiras em computadores conectados a redes públicas. Quando usar computadores compartilhados, fazer o log off das contas. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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