Magalu teve prejuízo de R$ 161,3 milhões no 1T22

O Magalu afirma que o resultado reflete o aumento de despesas financeiras no período, que totalizaram R$ 442,1 milhões.
Magalu teve prejuízo de R$ 161,3 milhões no 1T22 - Crédito: Divulgação
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O varejista Magazine Luiza, o Magalu, registrou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no balanço do primeiro trimestre, revertendo lucro de R$ 258,6 milhões do primeiro trimestre de 2021. A empresa afirma que o resultado reflete o aumento de despesas financeiras no período.

Em termos ajustados, o Magalu teve prejuízo de R$ 98,8 milhões, revertendo lucro de R$ 81,5 milhões do mesmo período no ano anterior. Os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2022 foram apresentados pela companhia nesta terça-feira, 17, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O resultado financeiro líquido do Magazine Luiza piorou 147,8%.  As despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 422,1 milhões, equivalentes a 4,8% da receita líquida. “Em relação ao mesmo período do ano anterior, as despesas aumentaram 2,7 pontos percentuais, devido ao aumento da taxa de juros na economia brasileira ao longo do ano – a taxa SELIC passou de 2,00% a.a. no começo de 2021 para 11,75% a.a. no final de março de 2022”, esclarece a mensagem da empresa.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Magazine Luiza somou R$ 339,5 milhões, uma queda de 51,2%, com margem Ebitda de 3,9%, ante 8,4% de um ano antes.

O Ebitda ajustado somou R$ 434,2 milhões, alta de 1,7%, com margem de 5,0%, ante 5,2% de um ano antes. Em março, a margem Ebitda atingiu 6,1%.

A empresa destacou a recuperação das margens no período, como “resultado de uma série de medidas adotadas pela liderança nos últimos meses a fim de adaptar a operação ao atual cenário econômico”, afirmou em nota.

A margem bruta do Magalu atingiu 27,8%, um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2021. A margem Ebitda ajustada ficou em 5% no período, com sinais de evolução. Em março, chegou a 6,1%. “A evolução da margem é fruto da busca do equilíbrio entre crescimento e rentabilidade, sobretudo no setor de bens duráveis, no qual somos líderes”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “A empresa volta a um patamar de margens que só uma operação multicanal como a nossa consegue garantir.”

O e-commerce total – vendas de produtos de estoque próprio (1P) e dos sellers do marketplace (3P) – avançou 16% na comparação anual. As vendas online atingiram R$ 10,2 bilhões, o que representou 72% das vendas totais do Magalu no período (em dois anos, o crescimento do e-commerce da companhia foi de 149%). Já as vendas nas lojas físicas registraram recuo de 3% no comparativo trimestral, enquanto no mesmo período de 2021 as perdas haviam sido de 0,5%. Já as vendas totais de lojas físicas aceleraram para 6%, ante 4% de alta no primeiro trimestre do ano passado.

O Magazine Luiza encerrou março com 1.477 lojas, enquanto a área de vendas cresceu 7,3%, para 719,1 mil metros quadrados.

(com assessoria)

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Redação DMI

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