Luna Fibra, a rede neutra da Surf, amplia área de cobertura

A Luna Fibra amplia a sua área de cobertura com o fechamento de acordo com o grupo CCR para o compartilhamento da infraestrutura SAM. Passa a contar com 20,9 mil quilômetros de backbone, além de mais mil quilômetros de rede metro.

A empresa de rede neutra da Surf Tech, a Luna Fibra, amplia a sua área de cobertura com o fechamento de acordo com o grupo CCR para o compartilhamento da infraestrutura Samm, que tem uma rede subterrânea de mais de 4,8 mil quilômetros de fibra, além de rede metro. Com o backbone construído na infraestrutura ferroviária da concessionária Rumo, a Luna Fibra passa a contar com 20,9 mil quilômetros de backbone, além de mais mil quilômetros de rede metro.

Para Yon Moreira, presidente do grupo, essa rede, totalmente comercial, além de cortar o país onde há grande demanda por conectividade de qualidade, torna-se um ativo ainda mais importante, devido ao provável novo pedido de recuperação judicial a ser feito pelo grupo Oi. Isso porque, explica o executivo, a Oi é, atualmente, a principal sócia da V.Tal (rede neutra controlada pelo BTG/Partners em cima dos ativos da concessionária) e o futuro da concessionária poderá impactar nessa sociedade. ” Pelo menos, o acórdão da Anatel cita a V.tal”, entende o executivo.

Conforme o acórdão, publicado ontem, 7, no Diário Oficial da União, a Oi deverá notificar “previamente o Grupo de Trabalho de acompanhamento especial acerca de quaisquer alterações na participação societária da Oi S.A. na V.TAL – Rede Neutra de Telecomunicações S.A. em relação aos termos atualmente aprovados em sede de anuência prévia”.

Presença

A Luna Fibra está presente nos estados de Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e os estados do Sul do país (ver mapa). E a sua aposta é na alta demanda que vai ser motivada pela tecnologia 5G. A telefonia celular da nova geração irá precisar de latências ultra baixas; implantação de milhares de novos sites e redes segmentadas para a Internet das Coisas (IoT) e indústria 4.0. Por isso, a  rede foi projetada com capacidade para tráfego de até de 1 Exabps – ou seja, cerca de um bilhão de Gpbs.

Segundo o portfólio da empresa, entre as empresas que já estão usando a sua infraestrutura estão grandes operadoras de telecomunicações; ISPs, data centers, empresas de OTT (Over the Top) e usuários do mercado corporativo.

Leia aqui a íntegra do acórdão da Anatel sobre a Oi:

Acordão_CD_Anatel_07_2023_OI

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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