Lula quer pobre no orçamento e rico no imposto de renda, diz Haddad
O presidente Lula pediu para se colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda. Foi isso o que disse hoje, 15, O futuro ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad, durante o evento “Natal dos Catadores de Lixo”.
“Lula me fez um pedido. Ministro da fazenda precisa ter uma missão nesse país: colocar o pobre no Orçamento e o rico no imposto de renda. Essa frase resume o que ele quer”, disse Haddad.
Ao longo da campanha presidencial, Lula repetiu a necessidade de colocar essa frase em prática, indicando a necessidade de assistência aos mais pobres e de uma maior tributação em grandes fortunas.
Catadores
No evento com os catadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não é possível cuidar da população mais pobre do país se o governo ficar apenas preocupado com a política fiscal e com o orçamento.
“A gente não cuida do pobre se a gente ficar olhando os dados estatísticos, a política fiscal do governo, o orçamento da prefeitura, do Estado. Sempre haverá prioridade mais importante que os pobres, sempre haverá alguém fazendo pressão que vocês não conseguem fazer”, disse Lula no tradicional Natal dos Catadores, em São Paulo, do qual participa todos os anos.
O presidente eleito ressaltou que milhões de brasileiros muitas vezes não têm como chegar ao governo e que será papel dele, como presidente, chegar até essas pessoas.
Lei das Estatais
Enquanto isso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistiu de colocar em votação nesta semana o projeto de lei que flexibiliza a Lei das Estatais, para facilitar indicações políticas. Segundo parlamentares próximos a Pacheco, ele decidiu recuar após senadores apresentarem resistências à proposta, que foi aprovada pela Câmara na terça-feira (13/12), em votação relâmpago.
Um dos pontos mais relevantes da legislação proíbe que o governo indique para a diretoria ou conselho de administração de estatais e agências reguladoras pessoas que tenham atuado nos três anos (36 meses) anteriores como integrante de instância decisória de partido político ou tenha feito trabalho vinculado a alguma campanha eleitoral.