Lucro dos bancos bate recorde em 2023, mas concentração cai

O Relatório de Economia Bancária (REB) do Banco Central mostra ainda que a rentabilidade do sistema bancário teve leve redução no ano passado; bancos públicos foram os mais rentáveis

Lucro dos bancos bate recorde em 2023, mas concentração bancária cai

O lucro líquido dos bancos brasileiros foi de R$ 145 bilhões em 2023, o que representa uma alta de 5% em comparação com o ano anterior. O valor recorde foi divulgado nesta quinta-feira, 6 de junho, no Relatório de Economia Bancária 2023 do Banco Central (BC).

Por outro lado, o relatório mostra que a rentabilidade do sistema bancário, medida pelo ROE, teve leve redução no ano passado. De acordo com o BC, o ROE foi de 14,1% em 2023, uma queda de 0,6 p.p. na comparação com 2022.

Pelo segundo ano consecutivo, os bancos públicos são os mais rentáveis no país. “O destaque da rentabilidade dos bancos públicos está relacionado à melhoria da eficiência operacional, enquanto a dos bancos privados se manteve estável”, observa o BC no relatório. A autarquia não divulgou os dados de rentabilidade no documento.

Já a concentração do sistema financeiro apresentou redução em 2023, seguindo a tendência dos últimos anos. Os dados de ativos e depósitos totais mantiveram o mesmo nível anterior, que já apontavam para um mercado desconcentrado. A novidade ficou por conta das operações de crédito, cuja classificação passou de moderada para descentrada pela primeira vez desde o início da série em 2016.

Os bancos Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica fecharam o ano passado com 57,8% do mercado de crédito, 57,9% dos depósitos e 40,3% dos ativos totais. Em 2022, as quatro instituições financeiras detinham 58,6% do mercado de crédito, 58,4% dos depósito e 56% dos ativos totais. Até 2021, o relatório considerava ainda uma quinta instituição bancária, o Santander. A mudança na tecnologia de cálculo, considerando quatro bancos, foi feita para seguir padrões internacionais, segundo o BC.

“Esse movimento pode ser associado à atuação das instituições não bancárias no mercado de cartão de crédito e de crédito sem consignação, ao passo que as cooperativas de crédito, em 2023, destacaram-se por sua atuação nos mercados de cheque especial e de capital de giro”, explicou a autarquia.

 

 

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Redação DMI

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