Lucro da Vivo cresce 9% no 2º trimestre, para R$ 1,22 bilhão

Serviço móvel (alta de 8,8%) e banda larga de fibra óptica (17,1%) impulsionaram a receita líquida para R$ 13,67 bilhões; investimentos totais tiveram leve queda, mas desembolsos para redes móveis cresceram
Lucro da Vivo cresce com fortes desempenhos dos serviços móvel e fixo
Com receita em alta, lucro da Vivo cresce no 2º trimestre de 2024 (crédito: Vivo/Divulgação)

A Telefônica Vivo ampliou o lucro líquido em 8,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 1,22 bilhão, conforme balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 29. No primeiro semestre, a operadora lucrou R$ 2,11 bilhões, alta anual de 8,2%.

A receita líquida avançou 7,4% no período de abril a junho em relação ao mesmo intervalo de 2023, alcançando R$ 13,67 bilhões. O faturamento foi puxado pelo desempenho do serviço móvel (alta de 8,8%), o de maior representatividade na receita, e pela forte alta da banda larga fixa (17,1%).

A venda de aparelhos e eletrônicos (9,9%) e o segmento de dados corporativos, TIC e serviços digitais (8,3%) também contribuíram para a expansão do faturamento.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) avançou 7,3% no segundo trimestre, totalizando R$ 5,45 bilhões. A margem ficou estável, em 39,9%.

Já os investimentos caíram 0,5%, ficando em R$ 2,34 bilhões, montante que representa 17,1% da receita operacional líquida. Os investimentos em rede, no entanto, cresceram 4,1%, somando R$ 2,02 bilhões. Segundo a operadora, os desembolsos “foram direcionados ao reforço da nossa rede móvel”.

Serviço móvel

A receita líquida do serviço móvel teve alta de 8,8% no segundo trimestre, alcançando R$ 9,72 bilhões. O pós-pago, responsável por 83,1% do segmento, puxou o crescimento, com avanço de 9,7%.

“O forte desempenho do pós-pago está relacionado ao aumento da base de clientes (+7,2% a/a), que totalizou 64 milhões no trimestre, tanto por migrações do pré-pago como pela aquisição de novos clientes, aos reajustes anuais de preço e ao churn do pós-pago (ex-M2M), que se manteve em níveis historicamente baixos, 0,99%”, diz a Vivo, em trecho do balanço financeiro.

O serviço pré-pago avançou 4,9%, com incremento de 9,5% na receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) e queda de 1,4 ponto percentual do churn (rotatividade de clientes) na comparação anual.

A Vivo encerrou o segundo trimestre com aproximadamente 101 milhões de acessos móveis (incluindo telefonia, M2M e PoS). Desse total, 64 milhões são assinantes do serviço pós-pago e 34 milhões, do pré-pago.

Ainda no segmento móvel, a Vivo informou que a venda de smartphones compatíveis com 5G representou 87% do total de celulares vendidos entre abril e junho.

Serviço fixo

A receita líquida dos serviços fixos cresceu 3,9%, o maior incremento desde 2015. O faturamento dessa divisão totalizou R$ 3,95 bilhões. O serviço de banda larga fixa via fibra óptica avançou 17,1%, gerando receita de R$ 1,75 bilhão à operadora.

O ARPU de FTTH atingiu R$ 90,9, alta anual de 4%. De acordo com a tele, a oferta combinada de móvel pós-pago e internet residencial de fibra óptica representou 85% das vendas do serviço de banda larga em lojas físicas no segundo trimestre.

O total de casas passadas – isto é, residências que podem contratar o serviço de banda larga da Vivo – chegou a 27,3 milhões, avançando 11% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. A operadora, ao fim de junho deste ano, tinha 6,5 milhões de assinantes de internet fixa via fibra óptica. A alta anual é de 13%.

B2B

Segundo o informe financeiro, no acumulado de 12 meses até junho, a Vivo obteve R$ 3,62 bilhões em receitas com serviços para o mercado corporativo. A soma representa uma alta anual de 19% e 6,7% da receita total da operadora.

Serviços de nuvem (R$ 1,65 bilhão) lideram as receitas deste segmento. Em seguida, aparecem IoT e mensageria (R$ 995 milhões), soluções digitais (R$ 788 milhões) e cibersegurança (185 milhões).

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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