Leilão de frequências de 3,5 GHz e 2,3 GHz só no final de 2019

A Anatel quer se certificar de que não haverá interferência na transmissão de TV aberta via satélite da banda C. Por isso, vai realizar muitos testes antes de fazer a licitação, diz o conselheiro Leonardo de Morais.

O conselheiro Leonardo de Morais estima que a licitação das frequências de 3,5 GHz e de 2,3 GHz – que serão vendidas em conjunto,  e possivelmente poderão ser incluídos também os 10 MHz da faixa de 700 MHz que ainda estão livres – será realizada no último trimestre de 2019.

Isto porque, explicou Morais, a Anatel precisa ter a certeza  de que o serviço de celular de quinta geração, que vai ocupar a faixa de 3,5 GHz, não irá provocar qualquer interferência nas transmissões dos sinais de TV pela banda C do satélite, que usa atualmente um pedaço desse espectro.

A agência  decidiu realizar testes de laboratórios com o CPqD dos filtros que deverão ser instalados nos conversores que recebem os sinais de TV aberta e também vai realizar testes de campo. Para os testes de laboratório, conhecidos como LNBF, ainda estão sendo aguardados os equipamentos a serem importados pelos principais fornecedores das redes de 5G – principalmente Ericsson e Huawei, mais envolvidas com o projeto. Conforme Morais, o CRT da Claro, no fundão Rio de Janeiro, foi o local escolhido para os testes de campo.

Depois de concluídos esses testes, terá que ser feita a modelagem do edital, consulta pública, obtida a aprovação do TCU para depois ser aprovado pelo conselho diretor da Anatel e lançado ao mercado. Por isso, estima ele, somente no último trimestre do próximo ano a licitação deverá estar na rua.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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