Leilão 5G: ISPs entram na disputa sozinhos e em consórcio, mas sem os fundos
A entrega de propostas ao leilão 5G, que começou hoje, 27, com o cadastramento de 15 empresas e agora a Anatel está abrindo as garantias de cada um dos grupos que se cadastrou, confirma que os fundos de investimentos que estão bem ativos na aquisição de ISPs em todo o Brasil não se interessaram em disputar frequências de celular e que aqueles ISPs que se animaram vão para a disputa com suas próprias pernas ou em consórcio.
Entre os que se credenciaram para arrematar as frequências estão em voo solo a Brasil Digital Telecomunicações – veículo que representa a operadora do Rio Grande do Sul Compulink (ou BR Fibra), e a Fly Link, que representa um operador de Uberlândia, Minas Gerais. Há também uma empresa de equipamentos, a Cloud2U, que deverá atuar no interior de São Paulo.
IPOS
Entre as empresas que recentemente fizeram oferta pública de ações (IPO), duas delas estão no leilão do 5G, com estratégias diferentes. A Brisanet ingressa sozinha no leilão, enquanto a Unifique associa-se à Copel Telecom ( recentemente adquirida pelo fundo Bordeaux, que tem entre seus sócios o empresário Nelson Tanure). A terceira operadora que também realizou uma IPO bem sucedida, a Desktop, e controlada pelo fundo HIG, não se apresentou, nem tão pouco aqueles provedores que foram comprados pelo EB Capital.
Se não houver surpresas, a Brisanet irá se concentrar na aquisição das frequências de 3,5 GHz da região Nordeste e a Brasil Digital, nas frequências da região Sul, já que, como diz o próprio consórcio, as duas empresas consorciadas atuam nos três estados da região.
A Iniciativa 5G Brasil também está presente, apesar de muitos de seus consorciados ainda estarem muito descontentes com as regras do leilão e, a princípio, deverá disputar todos os lotes regionais de 3,5 GHz.