Juscelino Filho defende que taxa das Big Techs tramite em projeto separado ao da regulação das plataformas

O ministro entende que a cobrança de impostos das plataformas digitais deve ser tratada em projeto de lei em separado da discussão que começa a ser tratada no Congresso Nacional da regulamentação das plataformas digitais para impedir as fake news, para acelerar esse debate.

taxa Big Techs

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pela primeira vez defendeu  publicamente a taxa das  empresas de internet, as Bigh Techs, para que elas contribuam para a expansão das redes te telecomunicações. O ministro entende que a cobrança de impostos das plataformas digitais deve ser tratada em projeto de lei em separado da discussão que começa a ser tratada no Congresso Nacional da regulamentação das plataformas digitais para impedir as fake news.

– O governo escalou a Secom – Secretaria de Comunicação da Presidência da República – para encabeçar esse debate, mas o Ministério das Comunicações vai, a partir deste ano, contribuir mais nesse diálogo, afirmou ele. Para  Juscelino, o tema voltou com força este ano,  depois de ter ¨esfriado¨ em 2023, o que é um movimento normal do Legislativo, para que o assunto amadureça. O presidente do Senado Federal anunciou ontem que pretende votar o projeto de lei de regulação das plataformas digitais até abril deste ano.

Para Juscelino Filho, as Big Techs  são as maiores geradoras de tráfego das redes de telecomunicações, e devem também contribuir para a expansão dessas redes e da inclusão digital. Para ele, a defesa dessas empresas, que advogam que essa taxação seria de fato a cobrança de um ¨pedágio¨, não pode prosperar.

¨O governo vai investir R$ 2 bilhões para a construção de infovias e redes de transporte nos próximos ano. Essa infraestrutura vai ser usada pelas big techs, que faturam bilhões. É justo que elas deixem algo no Brasil. Até porque essa estrutura vai trazer benefícios para elas próprias¨.

Blitz do celular

Juscelino Filho anunciou ainda, durante o evento Políticas de Telecomunicações promovido pelo Teletime e Universidade de Brasília, que este ano serão ampliadas as blitzes de qualidade da banda larga celular. Segundo ele, essas blitzes que começaram  a ser realizadas no ano passado em São Luiz do Maranhão, João Pessoa e Cabedelo, no Nordeste.

Essas fiscalizações serão feitas nas localidades onde os índices de reclamações são maiores. Ele disse que conta com a participação das operadoras de celular e que em seis meses depois de apurados os resultados, sejam novamente auditadas, para se verificar que os problemas foram resolvidos. Entre as questões fiscalizadas estão a ampliação da cobertura do sinal de 85% para 90% das cidades.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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