ISPs têm muito a crescer no Centro-Oeste

É o que mostra o segundo Relatório Analítico sobre Banda Larga Fixa Competitiva no Brasil, uma parceria entre o Tele.Síntese e a Futurion

Em março de 2021 os acessos banda larga na região Centro-Oeste atingiram 2,9 milhões, 62% na região metropolitana. No período analisado (março/2020 a março/2021), os provedores regionais aumentaram sua participação nos acessos em banda larga fixa na região em 71,47%, saindo de 429 mil acessos para 735 mil, e houve um aumento de 31,9% no número de provedores que prestam serviço na mesma região, totalizando 889 ISPs.  

O backhaul em fibra óptica está presente em 79,44% dos municípios do Centro-Oeste e 20,13% dos municípios possuem backhaul de rádio. Apenas dois municípios do Mato Grosso (Rondolândia e Santa Cruz do Xingu) utilizam backhaul de satélite. 

Os números são do segundo Relatório Analítico sobre Banda Larga Fixa Competitiva no Brasil, que traz um panorama do segmento de provedores regionais (ISPs) no Centro-Oeste. A publicação é uma parceria entre a Futurion Análise Empresarial e a Momento Editorial. 

As grandes operadoras respondem por 67% dos acessos da banda larga fixa no Centro-Oeste, o que mostra a oportunidade de espaço para novos ISPs na região. Do total de 2,9 milhões de acessos, 1,9 milhão são das operadoras Claro, Vivo e Oi. Nessa região há uma baixa penetração dos provedores regionais. No período analisado (março/2020 a março/2021), a Vivo teve uma perda significativa, com redução de 86.935 acessos, 20,5% de sua base de assinantes. Oi e Claro cresceram em média 4% cada uma, agregando 32,3 mil e 28 mil acessos, respectivamente. Além da portabilidade entre as grandes operadoras, cerca de 26 mil acessos migraram para as operadoras competitivas e provedores regionais 

Na região Centro-Oeste o crescimento das competitivas foi o segundo maior em percentual, correspondendo a um incremento de 26,48% em sua quota de mercado, com 49.721 novos acessos. O mercado de banda larga por satélite tem sofrido uma grande transformação nos últimos anos. O comparativo dos 12 meses mostra que há uma provável migração dos acessos dos satélites em bandas C e Ku, que possuem velocidades mais baixas e custos mais elevados, para os satélites de alta capacidade (HTS – High-throughput satellite), ou banda Ka. O levantamento mostra também as possibilidades de crescimento da região, com economia baseada no setor agrícola. 

De acordo com o estudo, os ISPs líderes no Centro-Oeste são Titânia Telecom, com 26,1 mil acessos; GB Telecom, com 22,1 mil clientes; WGO Telecom, com 20,2 mil usuários; OBTI, com 15,6 mil acessos e Master Tecnologia, com 15,2 mil clientes. 

Entre as competitivas, a TIM se destaca com 80,4 mil acessos e a Sky, com 43 mil clientes. A Algar ocupa a terceira posição, com 39,3 mil usuários. 

Entre as grandes, a Claro sai na frente com 759,4 mil acessos, seguida de perto pela Oi, com 754,4 mil clientes. A Vivo está na terceira colocação, com 425 mil usuários. 

A Futurion, somando dados da Anatel e da pesquisa do Nic.br, estima que existem 1,4 milhão de acessos não declarados na região. 

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Da Redação

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