Isolamento social gera aumento de 30% no consumo de dados pela rede fixa, diz TIM
Os resultados do primeiro trimestre da TIM confirmam a mudança de hábito do brasileiro no consumo dos serviços de telecomunicações. Na conferência aos analistas realizada hoje, 6, o CTIO da TIM, Leonardo Capdeville disse que houve um sensível incremento no uso da rede WiFi, após o isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, e aumento do tráfego de voz no celular. Segundo o executivo, a operadora confirmou a migração do consumo de banda larga antes concentrada nos centros comerciais para as áreas residencias dos grandes centros urbanos e o aumento de 30% no consumo de dados fixos, princialmente pelo incremento de streamings e upload com a ocorrência de mais web conferências.
“Mesmo com a mudança no consumo, o importante é que a a rede continua estável e mantendo a qualidade”, ressaltou Capdeville.
Pré-pago
O CEO da TIM, Pietro Labriola, assinalou que a perda de receitas com a recarga do celular provocada pela pandemia, estimada em R$ 40 a R$ 50 milhões, ocorreu nas duas últimas semanas de abril, mas que desempenho acabou flat devido aos demais planos. Afirmou ainda que os incentivos adicionais implementados pela operadora, para a continuidade da parceria com os clientes e estímulo ao uso dos canais digitais, mostraram-se positivos, com o crescimento das receitas do pós-pago humano em 4,3% em relação às receitas do mesmo período do ano passado.
Futuro
Somente no segundo trimestre deste ano é que a operadora poderá saber com mais certeza os reais impactos da pandemia. As projeções sobre a economia brasileira, informou seu presidente, variam, no cenário mais positivo, de queda de 1,1% do PIB, até ao cenário mais pessimistas, com queda de 7%.
Os seus executivos ressaltaram, na conferência aos analistas, que o adiamento do pagamento dos Fistel, para agosto, deu um alívio importante para o caixa da empresa no curto prazo, pois adiou o desembolso de R$ 789 milhões que ocorreria em março deste ano. E que a TIM pode ter acesso a crédito de R$ 1,5 bilhão a R$ 772 milhões do BNDES ou BNB. E também, já contratou R$ 574 milhões em abril, a taxa de 6% ao ano.