Iridium revê estratégia para o mercado D2D
A Iridium, operadora de telecomunicações por satélite, anunciou mudanças na estratégia para o nascente mercado de comunicação direta entre satélites e smartphones, conhecido pela sigla D2D (Direct-to-Device em inglês). A nova iniciativa do grupo foi batizada de Projeto Stardust, e vai utilizar a padronização para conectividade 5G entre coisas e redes não-terrestres do 3GPP – e não mais apenas tecnologia proprietária. A oferta comercial chegará apenas em 2026, no entanto.
A empresa afirma que conseguirá oferecer o serviço com sua rede própria e atual de satélites. Os fabricantes de dispositivos, no entanto, devem buscar a companhia para tornar seus dispositivos compatíveis de fábrica à tecnologia.
O grupo pretende competir no mercado de Internet das Coisas, oferecendo conectividade para dispositivos com padrão NB-IoT adaptados ao 5G NTN (Release 17 do 5G). Também vai comercializar solução para envio de mensagens de socorro (S.O.S.) por smartphones, tablets, carros e outros produtos utilizados pelo consumidor final. Por ano, antes do lançamento da nova ferramenta, a Iridium atende 1,3 mil pedidos de S.O.S. através de seus sistemas. Pretende multiplicar isso.
A proposta da Iridium é que operadoras de todas as partes do mundo comercializem as soluções aos clientes finais e desenvolvam em parceria produtos de conectividade “off grid”, ou seja, fora da rede terrestre tradicional, em áreas remotas.
A empresa informa ter 2,2 milhões de usuários no mundo, incluindo órgãos públicos que dependem de conectividade garantida. E afirma que sua constelação de satélites de baixa órbita já está em pleno funcionamento e totalmente “interlinkada”, diferente de concorrentes. Da base de clientes atual, 1,7 milhões utilizam dispositivos IoT, e 900 mil, rastreadores. (Com assessoria de imprensa)