IoT já é utilizada por mais da metade das empresas brasileiras
Cerca de 57% das empresas brasileiras já têm alguma solução de IoT e uso, aponta levantamento realizado pela integradora Logicalis. Destas, 35% são companhias de manufatura, e 34% de serviços, nas quais se enquadram as telecom. Os dados estão no IoT Snapshot 2022, estudo da Logicalis que apresenta um panorama da adoção de internet das coisas na América Latina.
O levantamento foi divulgado nesta quinta, 28, durante live apresentada por Yassuki Takano, diretor de Consultoria da Logicalis, e com participação de convidados. O estudo foi realizado com 255 empresas, mais de 130 delas do Brasil.
Na comparação com outros países latinos, o Brasil tem o maior nível de adoção de Iot, com 35%. O cenário é bem equilibrado. México tem 34%; Colômbia e Chile, 33%.
Investimentos
O levantamento mostra que 42% das empresas brasileiras vão investir em IoT nos próximos 18 meses, masque 51% não pretendem fazer isso.
Na divisão por segmento, agronegócio (50%) e manufatura (49%) são as que têm maior intenção de investir. O setor de serviços registra 36% de intenção.
5G
Outro resultado apresentado foi a expectativa de uso do 5G. Hoje, 17% das empresas esperam usar. Se a previsão for a aplicação do 5G dentro de 3 a 5 anos, o índice dobra para 34%.
“Isso deixa claro que o 5G não está sozinho no mercado. Então a empresa pensa o quanto algo precisa ser 5G”, disse Takano.
“O 5G é uma conectividade rápida. Mas não é porque saiu o 5G que você precisa ter 5G no seu negócio. O 5G resolve quando o negócio precisa de respostas rápidas: saúde e automação, por exemplo”, reforçou Paulo Spacca, presidente da Abinc (Associação Brasileira de Internet das Coisas), um dos painelistas convidados.
Implantação e preparo
O IoT Snapshot 2022 mostra também resultados sobre os desafios das empresas para a implantação de IoT. O maior problema (para 44%) é a viabilidade financeira. Além disso, 33% não implantam a tecnologia devido à sua cultura organizacional ou por resistência a mudanças.
O estudo ainda coleta dados sobre o nível de preparo das equipes para a implantação de internet das coisas. “E aqui vimos um problema porque esse levantamento foi dividido em itens e a maioria deles tem cerca de 40% em na classificação ‘despreparada”, concluiu Takano.