Investimentos em cabos submarinos seguirão elevados até 2029

Relatório da Analysys Mason aponta que mercado global movimentará quase US$ 10 bilhões daqui a cinco anos; região da Ásia-Pacífico deve liderar os investimentos
Investimentos em cabos submarinos seguirão elevados até 2029, projeta Analysys Mason
Projeção é de alta para os investimentos globais em cabos submarinos (crédito: Freepik)

Os investimentos globais em cabos submarinos de fibra óptica continuarão elevados pelo menos até 2029, indica estudo divulgado pela consultoria especializada em tecnologia Analysys Mason.

A expectativa é de que os desembolsos neste setor passem de US$ 7,96 bilhões (aproximadamente R$ 48,11 bilhões), em 2023, para US$ 9,8 bilhões (R$ 59,23 bilhões), em 2029. Nesse período, o mercado deve registrar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 4,3%.

“Diversos fatores estão impulsionando o investimento em cabos submarinos, mas a necessidade de diversidade de rotas se tornou uma parte crítica das estratégias nacionais de resiliência”, afirma Simon Sherrington, diretor de Pesquisa e especialista em Infraestrutura de Fibra e Sustentabilidade da Analysys Mason.

A projeção da consultoria leva em conta investimentos em novos sistemas e despesas com a operação e a manutenção de cabos existentes.

Segundo o estudo, o mercado terá um impulso significativo por meio dos hyperscalers, que investirão em novas rotas para ampliar o alcance de seus serviços e manter o controle dos custos operacionais. Além disso, o crescimento também virá do aumento contínuo do tráfego nas principais rotas e do esforço para melhorar a resiliências das comunicações internacionais.

A Analysys Mason ainda aponta que, até 2029, o capex destinado a cabos submarinos deve ser liderado por rotas no oceano Pacífico e na região da Ásia-Pacífico.

O relatório também indica que o investimento anual em novos sistemas crescerá em um ritmo mais lento do que as despesas correntes com as infraestruturas existentes, tendo em vista o aumento do número de cabos e o comprimento das rotas. Desse modo, espera-se que as despesas operacionais representem cerca de 41% do mercado até 2029.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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