Intel aposta em segurança e privacidade como trunfos da IA no PC
Prestes a lançar um computador pessoal com Inteligência Artificial (IA) embarcada, a Intel aposta, como trunfos do modelo, no aumento da segurança cibernética e da privacidade dos dados corporativos, além do custo mais baixo se comparado a uma plataforma disponível em nuvem.
Em evento em São Paulo, nesta quinta-feira, 7, executivos da companhia destacaram que a incorporação da IA em PCs vai ampliar o acesso à tecnologia e ajudar a impedir que informações delicadas vazem na web, uma vez que as empresas não estarão alimentando uma aplicação hospedada em uma nuvem ou um data center de um terceiro.
“Quando se interage com módulos na nuvem, você simplesmente entrega os seus dados para que a solução aprenda a usá-los. No sentido corporativo, deve-se pensar em como trazer a aplicação para a empresa. Ou seja, com a IA no PC, as empresas vão criar as suas próprias versões desses modelos e poder interagir off-line”, destacou Brian Tucker, diretor de Estratégia de Vendas de PC da Intel.
Na próxima quinta-feira, 14, a empresa planeja revelar todos os detalhes do PC com IA embarcada. O equipamento deve acompanhar o novo processador Intel Core Ultra, o qual promete representar um ponto de inflexão tecnológico para a multinacional.
“Acredito que estamos diante de uma avenida para a IA no PC, que vai tornar as operações mais eficientes e seguras para as empresas”, disse Marcelo Bertolami, diretor de Parceiros e Tecnologia para a América Latina da Intel. “Segurança é muito importante quando falamos em modelos mais focados nos negócios, pois trabalham com informações intelectuais próprias das corporações”, complementou.
Na avaliação do executivo, como a nuvem eleva os custos operacionais, disponibilizar a IA como parte integrante do processador deve fazer com que a tecnologia ganhe mais adeptos, sobretudo com a possibilidade de personalizá-la de acordo com as próprias demandas do negócio.
No entanto, Bertolami ressaltou que, para fazer o melhor uso possível da tecnologia, é preciso subsidiar o modelo com dados de qualidade e verdadeiros, tendo em vista que, sem uma seletividade prévia de informações, as inferências trazidas pela aplicação podem não ser as mais adequadas.
“Há um mito por aí de que a IA vai ser aplicada só por grandes empresas de tecnologia. Na verdade, vai ser usada por empresas de todos os tipos, em todas as verticais”, pontuou.