Instituto do Câncer vai usar 5G para auxiliar em cirurgia

Estrutura para os primeiros testes com cirurgia conduzida com auxílio do 5G já está implantada no Instituto do Câncer. Trata-se de um programa de colaboração entre Hospital das Clínicas, Claro, Embratel e InovaHC
Icesp terá 5G na sala de cirurgia robótica
Crédito: divulgação

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) vai utilizar rede móvel 5G em seu centro cirúrgico, para realização de cirurgia robótica. A estrutura para os primeiros testes já está implantada. A operação está prevista para o primeiro semestre deste ano.

Trata-se de um programa de colaboração entre Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUS), Claro, Embratel e InovaHC. O projeto inclui a participação estratégica do beOn Claro, hub de inovação da operadora; da Embratel, que irá integrar soluções e habilitar a infraestrutura digital da iniciativa; da Ericsson, que fornecerá todos os equipamentos; e da startup NuT, de Natal (RN), responsável por implementar as técnicas de integração de dados.

De acordo com o diretor do beOn Claro, Rodrigo Duclos, toda a dimensão e expertise do Hospital das Clínicas somada às iniciativas do InovaHC, seu hub de inovação, forma o ambiente ideal para fomentar iniciativas inéditas, um dos pilares que tem norteado as ações da Claro, principalmente em relação ao 5G.

Nesta prova, os parceiros vão integrar as informações de monitoramento do paciente cirúrgico em uma base de dados que permita o acompanhamento e avaliação pela equipe médica do Instituto do Câncer de forma remota, pelo celular 5G, durante a cirurgia. Esses dados prioritariamente serão vinculados aos equipamentos do chamado carro de anestesia, aparelho onde é feito o monitoramento dos sinais vitais durante a cirurgia.

Dessa forma, a equipe poderá fazer a avaliação tecnológica de latência, velocidade, estabilidade, qualidade e segurança, entre outros itens, na transmissão e demonstração dos dados via tecnologia 5G. As informações permanecerão dentro da instituição e serão transmitidas e organizadas em um banco de dados sem que o paciente seja identificado.

Novas soluções em saúde

Com a chegada da quinta geração da rede de internet móvel no Brasil, o objetivo é desenvolver um ecossistema de inovação para a criação de novas soluções em saúde com as tecnologias 5G e Internet das Coisas (IoT). Estão previstas para as próximas etapas da pesquisa, a integração de tecnologias vai possibilitar mais segurança e qualidade às cirurgias e também o desenvolvimento de novos serviços de apoio e educação a distância.

“Para o InovaHC, a colaboração entre o Hospital das Clínicas, Claro e Embratel fortalecerá o ecossistema de inovação, possibilitando os testes de novas tecnologias com potencial de trazer muitos ganhos para a saúde”, comenta Marco Bego, diretor do núcleo de inovação do Hospital das Clínicas.

“Esta parceria vai nos trazer a oportunidade de aprimorar aplicações em colaboração com profissionais e pesquisadores que estão entre os mais especializados do País neste segmento aliando o alcance global do beOn Claro nos ecossistemas de inovação aberta”, afirma.

“O intercâmbio de experiências permitirá a criação de soluções disruptivas, a identificação de novos mercados e o fomento da inovação a partir das novas redes, novos sensores e da computação de borda, possibilitando a descoberta de novas oportunidades para suprir as necessidades da área”, destaca Maria Teresa Lima, Diretora-Executiva da Embratel para Governo.

De acordo com o vice-presidente de Negócios da Ericsson, Tiago Machado, para oferecer conectividade 5G na sala de cirurgia robótica do centro cirúrgico do Icesp, a Ericsson entrou como parceira no projeto e instalou toda a infraestrutura da rede de alta tecnologia para garantir eficiência e segurança às cirurgias.

Segundo Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro, as áreas médica e hospitalar estão entre os segmentos que mais podem se beneficiar das vantagens oferecidas pelas tecnologias IoT e 5G.

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Da Redação

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