Indústrias médias e grandes investiram R$ 36,9 bi em P&D em 2022

Dados do IBGE e da ABDI indicam que as indústrias locais recorrem mais à Lei do Bem para financiar P&D internamente, tanto em produtos, quanto em processos.

Foto: Freepik

Em 2022, as indústrias inovadoras com 100 ou mais pessoas ocupadas investiram R$ 36,9 bilhões em atividades internas de P&D. As empresas inovadoras da Indústria de transformação foram responsáveis por 83,5% desse valor e as das Indústrias extrativas, por 16,5%.

É o que mostra a Pesquisa de Inovação Semestral 2022: Indicadores Básicos, realizada em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os dados foram apresentados na manhã desta quarta-feira, 20, em Brasília.

A maior parte (86,3%) desse montante investido em atividades internas de P&D foi realizada pelas grandes empresas, com 500 ou mais pessoas ocupadas, ao passo que 7,8% provieram das empresas inovadoras de 250 a 499 pessoas ocupadas e 5,9% das empresas de 100 a 249 pessoas ocupadas.

“Vale destacar que as atividades com maiores proporções de empresas inovadoras que realizaram dispêndios em atividades internas de P&D foram as mesmas que proporcionalmente mais investiram em relação ao total de empresas: Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (92,9%), Fabricação de produtos químicos (74,1%) e Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (68,8%)”, analisa o gerente de Pesquisas Temáticas, Flávio José Marques Peixoto.

No que se refere à distribuição dos investimentos em atividades internas de P&D, além das empresas das Indústrias extrativas (16,5%), as principais atividades que somadas representaram mais da metade dos dispêndios em 2022 foram: Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (13,0%), Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (11,9%), Fabricação de produtos alimentícios (9,7%), Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,4%) e Fabricação de produtos químicos (8,9%).

O setor de TICs investiu menos em P&D do que estas acima. Empresas de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, aportaram 6,3% em inovação.

A taxa de inovação das empresas foi de 68,1% em 2022, sendo que 33% desse total implementaram novos produtos e processos de negócios simultaneamente. A taxa de inovação é maior nas empresas de grande porte, chegando a 77% naquelas com mais de 500 pessoas ocupadas.

Lei do Bem domina como apoio público

Do total de empresas que implementaram inovações de produto ou processo de negócios, 39% utilizaram apoio público para suas atividades inovativas. Os instrumentos de apoio mais utilizados foram: incentivo fiscal à P&D e inovação tecnológica da Lei do Bem (26,2%), incentivo fiscal da Lei de Informática (6,3%) e Apoio não reembolsável (subvenção econômica) à P&D e inserção de pesquisadores (4,0%), financiamento a projetos de PD&I com ou sem parceria com universidades e institutos de pesquisa (8,4%) e financiamento exclusivo para a compra de máquinas e equipamentos utilizados para inovar (13,5%). O percentual dos que utilizam compras públicas é de apenas 2,5%.

A PINTEC Semestral é anual (relativa ao ano anterior ao da coleta), com duas investigações semestrais. No primeiro semestre, investigam-se indicadores temáticos rotativos e, no segundo, indicadores básicos de inovação e P&D). Seu objetivo é complementar a tradicional Pesquisa de Inovação do IBGE (PINTEC). (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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