Índice Geral de Preços acumula alta de 8,43% em 2022, diz FGV
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,69% em agosto. No mês anterior, o índice havia registrado variação de 0,60%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 8,43% no ano e de 8,82% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice subira 1,18% no mês e acumulava elevação de 32,84% em 12 meses. Os dados são da Fundação Getulio Vargas, divulgados nesta quarta-feira, 17.
“Os números do IPC ainda repercutem a redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto. Já para o IPA, importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,65% em agosto. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,57%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,99% em julho para -0,27% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,52% para -0,90%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,09% em agosto. No mês anterior, a taxa foi de 1,18%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,59% em julho para 0,19% em agosto. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 9,07% para 1,74%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,18% em agosto, ante queda de 0,03% no mês anterior.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 1,56% em agosto. Em julho, o índice havia registrado taxa de 0,42%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-0,41% para -5,71%), Educação, Leitura e Recreação (1,52% para -5,75%), Habitação (0,07% para -0,52%), Alimentação (1,48% para 0,99%) e Vestuário (0,80% para 0,44%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-1,49% para -16,88%), passagem aérea (6,99% para -28,95%), tarifa de eletricidade residencial (-1,45% para -4,14%), carnes bovinas (0,27% para -0,65%) e roupas (0,99% para 0,36%).
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,57%), Comunicação (-0,79% para -0,31%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,34% para 0,36%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-1,79% para 0,39%) e cigarros (0,68% para 2,65%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,74% em agosto. No mês anterior a taxa foi de 1,26%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (0,94% para 0,34%), Serviços (0,59% para 0,60%) e Mão de Obra (1,67% para 1,13%).
(com assessoria)