InfraCo não ficará com serviços legados, afirma Oi

As redes de cobre, e a infraestrutura da telefonia fixa e de TV paga permanecerão na Oi, informa a companhia. A InfraCo ficará com eletrônicos e redes de atacado e acesso de banda larga, centros de controle e até mesmo imóveis "dedicados".

O CEO da Oi, Rodrigo Abreu, apresentou hoje, 13, para os analistas as estruturas das duas empresas que ocorrerá após a completa separação de ativos e operações. Essa nova formatação ocorrerá  após a concretização da venda da InfraCo – empresa de infraestrutura de fibra óptica para o banco BTG e seus fundos administrados, cujo negócio foi comunicado ontem, 12, ao mercado.

Segundo o executivo, todos os ativos da telefonia fixa (STFC), e  mesmo a rede legada, tanto de atacado – como o backhaul e o backone – como a infraestrutura de cobre de acesso, que ainda oferece o acesso em banda larga por ADSL, permanecerão na Oi, ou na ClienteCo. Ficam também na Oi os rádios as torres vinculadas à concessão e a capacidade satelital (Hispamar) e os orelhões.  A Oi manterá também todos os direitos sobre a infraestrutura do STFC.

Os ativos da TV paga (que também estão à venda) continuam na Oi juntamente com as áreas de infraestrutura de TI, de suporte ao cliente e as funções de manutenção da rede, por intermédio da Sered e o atendimento ao cliente final, por intermédio da Tahto. Os acordos de conteúdo e streaming também ficam nessa empresa.

Infraco

Serão repassadas para a empresa de infraestrutura de fibra as redes FTTH, as redes metropolitanas, as redes de dados, os backbones e backhaul, os investimentos feitos na Oi móvel; os roteadores de fibras de longa distância; os equipamentos de fibra do backbone; os centros de operação e gerenciamento.

Fica também com a empresa vendida o direito de usar os equipamentos sob a forma de collocation e serão repassados também os imóveis “dedicados” à prestação do serviço.

As atuais estruturas e de pessoal voltados para o marketing de venda de capacidade no atacado; os contratos já firmados de atacados e os acordos de Swap de fibras passarão inclusive para a nova empresa. As tecnologias e as equipes operacionais dedicadas à banda larga também serão deslocados para a nova companhia.

Conforme Rodrigo Abreu, a InfraCo manterá a previsão de investir R$ 5 bilhões ao ano para os próximos quatro anos, e alcançar 32 milhões de Home Passed em 2025. “Depois vai gerar Ebitda muito alto”, afirmou Rodrigo Abreu.

Leia aqui os planos da Oi e Infraco:

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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